quinta-feira, 17 de novembro de 2011

CRUSCIFIRE - Sem se importar com o comum


Formado em 2003 somente em 2010 o Cruscifire lançou seu primeiro álbum oficial, intitulado “Chaos Season”. E os anos de experiência antes do full-lenght valeram e muito, já que a banda vem colhendo bons frutos deste grande trabalho. Aliando brutalidade e técnica em seu Death Metal, o grupo já se prepara para novos lançamentos e alçar voos mais altos. Falamos com o baixista e vocalista Victor Angelotti sobre vários assuntos que envolvem a banda. Completa o line-up Caio Angelotti e Murilo Romagnoli (guitarras) e Victor Nabuco (bateria).
Conte-nos um pouco sobre a história do Cruscifire.
Victor Angelotti: Primeiramente gostaria de agradecer pela oportunidade pelo interesse no Cruscifire! Iniciamos a banda em 2004 na cidade de Atibaia, interior de São Paulo, tocando alguns covers de Death e Thrash Metal. Em 2005 lançamos a nossa primeira demo chamada “Sick World” e fizemos muitos shows entre 2005 e 2006 divulgando essa demo. Tivemos alguns problemas na formação da banda e ficamos um tempo inativos em 2007, mas no fim do mesmo ano lançamos um EP de três músicas chamado “A New Bloody Day”. Em Dezembro de 2010 lançamos o nosso primeiro álbum completo chamado “Chaos Season” de maneira independente, firmamos uma nova formação e hoje trabalhamos na divulgação desse álbum.
Apesar do último álbum “Chaos Season” ter contado com o baterista Ricardo Cari, os irmãos Angelotti compuseram todo o álbum. Agora a banda conta com mais dois integrantes. O processo de criação continua o mesmo?
Victor: O processo de criação mudou bastante com a nova formação. Antes éramos só eu e meu irmão (Caio Angelotti – guitarra) que fazíamos as músicas a passávamos para os outros integrantes, agora é mais colaborativo. Claro que sempre tem a ideia inicial, meu irmão sempre faz a estrutura básica da música, a sequencia de riffs, as paradas, etc...Depois os outros integrantes vão adicionando suas ideias em cima dessa estrutura, adicionando novos riffs, lapidando as partes e assim construímos as músicas.
O que vocês podem dizer sobre os dois “novos” integrantes?
Victor: O que posso dizer é que eles adicionaram muito no Cruscifire. Além de serem ótimos músicos são grandes amigos, então o clima na banda é sempre o melhor possível. Nós quatro temos as mesmas metas com a banda e tudo é decidido em conjunto. Essa é a formação mais forte e focada que já tivemos.
Vocês aliam em seu som os principais elementos do Death Metal, com leves toques de Thrash Metal. Como vocês definiriam a sonoridade do Cruscifire e quais as principais influências da banda?
Victor: Apesar dessa influência Thrash sempre nos consideramos uma banda de Death Metal, esse sempre foi o nosso foco. Com o tempo novas influências estão aparecendo, fora o Thrash sempre aparecem umas pitadas de Grind e algo de Black Metal principalmente nas novas composições. Nossas influências não estão em bandas específicas, mas no Metal extremo em geral, tanto no mais clássico quanto no mais atual em todas as suas vertentes.
O trabalho de guitarras é muito bem elaborado em “Chaos Season”. Tantos os riffs quanto os solos foram muito bem compostos. Como funciona o processo de criação das linhas de guitarra?
Victor: Todo o trabalho de guitarras foi composto por meu irmão Caio, que sempre foi o principal compositor da parte instrumental do Cruscifire. Geralmente ele faz a linha da guitarra já tendo em mente a levada da bateria e em algumas vezes onde será colocado o vocal. Após ter tudo estruturado ele faz uma gravação utilizando uma bateria programada para que eu possa fazer a letra e encaixar o vocal e as linhas de baixo. Como falei anteriormente esse processo mudou um pouco com a nova formação. Ele e o Murillo (guitarra) estão criando as partes de guitarras juntos, e o Nabuco (bateria) tem a liberdade de criar a sua parte. Isso esta fazendo uma diferença muito grande na nossa música, pois em todas elas tem um pouco de cada um, e é assim que uma banda sempre deveria ser.
Vocês compõem as letras ou as músicas primeiro? Fale-nos um pouco sobre a temática das letras de “Chaos Season”
Victor: Sempre que estamos trabalhando em uma música eu faço uma letra específica pra ela, não costumo ter letras prontas que ‘encaixo’ nas músicas que estamos trabalhando. Na maioria das vezes a estrutura básica do instrumental já está pronta e depois eu crio a letra, mas acaba sendo um trabalho meio paralelo. A temática de “Chaos Season” segue essa ideia do caos, violência e desordem. Não é um trabalho conceitual, mas segue uma ideia definida no álbum todo. Atualmente estou trabalhando em outras ideias nas letras, com conceitos mais sombrios ligados ao terror, algo um pouco mais ‘Death Metal’ mesmo. Não estou interessado em seguir sempre a mesma temática, pois assim fica enjoativo e repetitivo o processo de criação das letras.
Quase um ano após o lançamento de “Chaos Season” como vocês veem o álbum agora e como tem sido a repercussão do mesmo perante crítica e público?
Victor: A repercussão tem sido a mais positiva possível. Nesse primeiro ano o álbum vendeu bem mais do que eu imaginaria e os comentários e resenhas tem sido muito bons. Estamos muito satisfeitos com o álbum.
Vocês gravaram um vídeo clipe para a faixa “A Letter For My Enemy”. Como vocês chegaram até está ideia e como foi gravar este vídeo?
Victor: Logo após o lançamento do álbum nós fechamos a formação atual da banda e já começamos a pensar no vídeo. Quisemos fazer algo simples, só a banda tocando, mas que ao mesmo tempo não ficasse tosco. Escolhemos a música, o lugar e filmamos tudo em um só dia. Foi algo simples, só uma câmera e eu mesmo editei o vídeo assim como filmei a maioria das imagens. Já estamos nos planejando para fazer um novo vídeo para o próximo ano, um pouco mais elaborado e com mais tempo.
Qual a importância a banda vê em gravar vídeo clipes já que temos pouco (ou quase nada) de espaço na mídia comum?
Victor: Acho que a importância é a divulgação mesmo, é uma maneira diferente e visual de apresentar a banda, além de ser um trabalho muito legal e prazeroso de se fazer. Na maioria das vezes a pessoa ouve falar da banda e quando quer ver só acha alguns vídeos de celular no youtube, então é legal ter algo oficial e um pouco mais apresentável. Não me importo muito com não ter tanto espaço na mídia comum. Fazemos música para aqueles que curtem música extrema, e sabemos que esse cara vai atrás de som pra ouvir, não espera tocar na rádio, na MTV ou o Suffocation ir no Faustão. As redes sociais e canais de vídeo na internet servem exatamente pra isso, o cara vai atrás e filtra o que ele quer ouvir, fica sabendo da agenda das bandas, vê as fotos, vídeos, notícias, etc. Então nos focamos em estar nesses lugares.
Quais os planos do Cruscifire? Vocês já possuem novas composições para o segundo trabalho?
Victor: Sim. Entraremos em estúdio agora em novembro para a gravação de um EP de 4 ou 5 músicas que lançaremos no início do próximo ano. Após isso temos planos de lançar um split com a banda Human Noise Foundation pro segundo semestre, e trabalhar firme na composição do próximo álbum.
E como tem sido e está a agenda de shows de vocês?
Victor: Fizemos uma quantidade legal de shows esse ano, a maioria foram muito bons! Tivemos a oportunidade de dividir o palco com muitas bandas que admiramos e tivemos oportunidade de tocar em vários lugares que nunca havíamos tocado. Até o final do ano ainda temos 2 datas em Pindamonhangaba e mais algumas que estão sendo confirmadas. No ano que vem pretendemos fazer mais shows principalmente em outros estados.
Muito obrigado. Deixem uma mensagem.
Victor: Gostaria de agradecer novamente pelo espaço e pela oportunidade! Também convido todos a acessar os nossos links e conferir o nosso som. Um grande abraço!

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