Bom, vamos lá. Essa banda é oriunda de Embu das Artes, na grande São Paulo, e se auto rotula Deathcore. O grupo possui influências modernas de nomes como Job For A Cowboy e Lamb Of God. O grupo lançou dois trabalhos não oficiais nos anos anteriores e agora chega a este oficial “When This World Ends”.
De cara deixo bem claro que não gostei da produção dos vocais, que demonstram bons timbres tanto no gutural quanto nos gritos rasgados, mas que cai por água abaixo devido à gravação com eco e lá no fundo, além de um pouco sintetizada.
O instrumental é muito bom e na maioria das canções a levada é cadenciada evidenciando mais o peso. Aliás, o peso dos riffs é descomunal e os solos são muito bem encaixados. A cozinha, mais precisamente a bateria, abusa (e muito bem) do pedal duplo acompanhando essa batida mais lenta.
Meu primeiro destaque vai para a faixa “A Man, A Sinner” que possui nuances de Black Metal com um ar maléfico e arranjos assustadores! Sem contar a pauleira que rola do meio da música pra frente que já se emenda a uma quebrada viajante e termina com peso. Ótima composição.
“Virulent” é outro grande destaque, onde os arranjos ficaram muito bons, envolvendo uma sonoridade brutal, que mistura diversas influências. Aliás, o som da banda possui diversos experimentos que não deixam se limitar ao Deathcore. Eu classificaria o som do grupo como um Death Metal experimental, que cairia bem melhor para o som que a banda faz.
Alguns poucos elemento industriais também podem ser encontrados no som da banda. “Annihilation” é um bom exemplo disso. A faixa possui grandes riffs, muito peso e influências industriais. “Embrance The End”, a mais longa do trabalho, mostra todas as facetas da banda em uma só composição e possui um tom dramático e perturbador (no bom sentido).
Se não fosse a gravação do vocal, tenho certeza que a coisa iria fluir melhor. Portanto, nada que não seja consertado no próximo trabalho. Uma boa estreia.
NOTA 7,5
Vitor Franceschini
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