O Arte Metal tem recebido material do mundo todo e de lugares
inusitados, o que é uma honra. Sem sombras de dúvidas este é um dos mais
curiosos que já resenhamos, e o melhor de tudo é que tem qualidade.
A primeira coisa que
passa na cabeça é como o Rock e Metal é difundido no mundo todo, talvez os
gêneros mais populares do planeta. Essa coletânea pretende divulgar a música
pesada do Chipre, um pequeno país que é uma ilha situada no mar Mediterrâneo
oriental ao sul da Turquia, que tem uma população de pouco mais de 1 milhão de
habitantes.
Como toda coletânea, há
aquela oscilação na qualidade das composições e na produção, sendo que neste
último quesito a coisa vai de média pra ótima, o que é um ponto a mais pra cena
do país em questão de profissionalismo.
Não citarei as chatices
da coletânea, que são minora e falarei somente dos destaques que não são poucos
dentre as 18 bandas apresentadas. O início com Arrayan Path é arrasador. A
banda tem 16 anos de carreira e 4 discos nas costas, ou seja, macaco velho e
pratica um ótimo Heavy Metal melódico na escola do Rhapsody Of Fire. Seguindo
essa linha temos o Astronomikon, que também se sai muito bem.
Representando o Metal
tradicional com influências da N.W.O.B.H.M. temos o R.U.S.T., que detona na
faixa Metal Child. Quando eu pensava
que a coisa era focada mais no Rock Clássico e Heavy Metal, eis que surge o
Marianne’s Witch com um som focado no Southern Metal e o Under The Number que
faz algo aternativo, porém pesado.
Partindo pro lado mais
extremo e viajado da coisa temos o Oneirism que bebe na fonte de Arcturus e
afins. O Stormcast faz um ótimo Black Metal com melodia e peso, representando
bem o lado negro da compilação. O Blynd fecha bem o disco com um Thrash Metal
vigoroso. Talvez seja a seleção de bandas mais equilibrada que já ouvi. No
final fiquei pensando: “Quão profundo não é este oceano chamado Rock/Metal? E
quantas espécies ainda não descobrimos por aí”, sem querer ser piegas.
8,0
Vitor
Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário