Fundada
em 1992, a banda alemã Witchburner nunca se fez de rogada e sempre honrou o
nome do Thrash Metal germânico durante mais de 20 anos sem pausas. Com o novo
vocalista Pino Hecker (Unscared, ex-Compulsive Slaughter) assumindo o
microfone, o grupo lança seu sétimo full lenght, “Bloodthirsty Eyes”, que o
selo brasileiro Kill Again
Records lançou em solo nacional. E foi com o novo frontman que o Arte Metal
conversou sobre o novo trabalho, o atual momento do Witchburner, dentre outras
coisas. A banda atualmente conta com o membro mais velho de banda Simon Seegel
(guitarra), além de Michael "Mächel" Frank (guitarra), Felix
Darnieder (bateria) e Andy Süss (baixo).
São mais de 20 anos de carreira, e
mais de 15 trabalhos lançados ao todo. Ainda há pressão em se compor um disco
como “Bloodthirsty Eyes”?
Pino Hecker:
Claro! A loucura não para nunca!
Qual a principal diferença entre o
novo trabalho e o anterior “Demons” (2010)?
Pino:
A diferença mais notável, na primeira audição, são os vocais. Minha voz difere
muito da de Andy R. (Metallic Mayhem, vocalista que gravou o álbum “Demons”). Bloodthirsty
Eyes” é mais variado que “Demons”. Acho que o álbum é mais para a frente! É
também o primeiro álbum com a nova formação.
Obviamente, pelo fato de vocês
fazerem parte da cena Thrash há muito tempo, o disco possui a pegada antiga do
gênero. Mesmo assim não soa datado. Fale-nos um pouco a respeito.
Pino:
Nós não estamos interessados em datar a música. Nós apenas queremos Thrash e
louvar o culto. Esta é a razão pela qual o som do Witchburner é assim. Nós só
tocamos a música que amamos, a música que nós respiramos e vivemos!
Além disso, é notória influências
de Venom e Possessed no trabalho, o que mostra que a banda não se prende. Você
concorda?
Pino:
Ouvimos tudo do real e puro Metal, e sim Venom e Possessed nos influenciaram,
mas o maior impacto veio do teutônico Thrash Metal.
Pino Hecker |
O fato do Thrash Metal alemão ser
muito tradicional faz com que a banda se sinta mais a vontade ou isso acaba
pressionando ainda mais?
Pino:
Como mencionei antes, só queremos tocar Thrash Metal da forma mais tradicional.
Acredito que Path Of The Sinner e Bloodthirsty
Eyes resumem bem a proposta do Witchburner, ou seja, se alguém quiser saber
como é o som da banda essas músicas servem de referência. Você concorda?
Pino:
Sim, eu concordo, mas você também pode tirar de cada música de cada um dos
nossos lançamentos. Todas as nossas músicas são 100% Witchburner!
“Bloodthirsty Eyes” foi lançado no
Brasil pelo selo Kill Again Records. Como é ter o trabalho lançado por aqui?
Pino:
Seegel (Simon Seegel, guitarrista e membro há mais tempo na banda) estava em
contato com a Kill Again e por isso uma coisa levou à outra. É ótimo que a
versão sul-americana do nosso álbum foi lançada. Estamos satisfeitos com o
trabalho da Kill Again Records.
Outro fator preponderante na
qualidade do disco é a produção. Vocês produziram o próprio disco junto com
Michael Frank. Fale-nos como foi trabalhar com Michael?
Pino:
Sim gravamos com Michael “Mä” Franks em nosso próprio estúdio e como Michael é
membro do Witchburner as gravações foram muito tranquilas, tivemos todo o tempo
necessário. Então, a mixagem foi feita por Andy S. e a masterização por Patrick
Engel do Temple Of Disharmony.
A arte da capa e arte gráfica em um
contexto geral também ficaram ótimas e foi feita por Jowita Kaminska. Como
chegaram até Kaminska e como foi trabalhar com ele? A arte já estava pronta ou
foi desenvolvida conforme a concepção de “Bloodthirsty Eyes”?
Pino:
Sim! Jowita tem feito um trabalho fantástico com o Witchburner, como sempre.
Tínhamos uma ideia concreta de como a capa deveria ser. Entramos em contato com
Jowita, expomos nossa ideia e lhe demos algumas instruções. Ele é muito
profissional e entendeu exatamente o que queríamos, o resultado é esta obra
matadora!
Como está a repercussão do novo
trabalho? Tem obtido respostas do Brasil?
Pino:
As reações têm sido muito positivas. Mas também tem algumas pessoas que
preferem ouvir os novos sons com o antigo vocalista, o que eu acho normal
quando uma banda passa por uma mudança neste posto. Existe uma versão
brasileira do álbum e acho que essa é a melhor resposta que podemos ter.
Aliás, já estiverem por aqui?
Pretendem tocar aqui um dia?
Pino:
Nossos camaradas do Desaster estiveram aí e falaram muito bem de vocês, que a
cena aí é maníaca e insana. Seria ótimo tocar no Brasil, mas até agora não
tivemos a oportunidade. Mas, quando pudermos, sem dúvidas tocaremos.
Pode deixar uma mensagem.
Pino:
Obrigado pelo interesse. Hail The Cult!
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