quinta-feira, 6 de junho de 2013

Lacerated And Carbonized – “The Core Of Disruption” – 2013 – Eternal Hatred Records (Nacional)

Pode parecer ousadia, mas acredito que o Lacerated And Carbonized é uma das melhores bandas de Death Metal do Brasil na atualidade e este seu novo álbum, “The Core Of Disruption” me causou uma impressão que eu não sinto desde que ouvi “Conquerors Of Armageddon” do já consagrado Krisiun.

Exagero? Pode ser, mas longe de querer meter a banda em uma enrascada. O fato é que o quarteto carioca, desde sua primeira demo “Chainsaw Deflesher” (2007), sempre andou pra frente, mas nunca mudou sua proposta. Com um bom primeiro álbum, “Homicidal Rapture” (2011), a banda deu seu primeiro passo. O single “Third World Slavery” (2012) deu a deixa do que seria consolidado.

Na mosca. Este segundo petardo é uma aula de técnica, peso e coesão sem perder a extremidade e, muito menos, sem parecer soberba. Riffs apocalípticos muito bem elaborados e executados com maestria, solos que não ficam atrás, uma cozinha coesa com uma bateria cheia de técnica e levada variada, além de vocais guturais inteligíveis dão os tons básicos das composições.

Não bastasse isso, incorporaram elementos de percussão (nada excessivo como já devem estar pensando) somente pra incrementar e dar um diferencial nas viradas e algumas passagens de Call For Blood e Third World Slavery. Sem contar que a faixa L.A.C. (sigla do nome da banda) abre o disco e já é considerada um hit do grupo desde o single anterior.

A variação nas levadas das composições é o diferencial, por isso ainda podemos recomendar O Ódio E O Caos (que apesar do nome em português é cantada 95% em inglês), Awake The Thirst (que rifferama e levada sensacional), além de Unnatural Agression e a ‘melódica’ The Candelária Massacre.

Ainda há participações especiais, como se precisassem incrementar algo neste já grande  clássico. Mas como isso nunca é demais, Eregion (Unearthly), Felipe Chehuan e Max Moraes (Confronto), além de Guilherme Sevens (Painside) contribuem no álbum. Isso sem contar a produção primorosa, a cargo do guitarrisa Caio Mendonça e da banda, que deixou tudo nos eixos e teve a masterização e mixagem de Andy Classen (Hly Moses, Belphegor) no Stage One Studios, na Alemanha. Precisa falar mais alguma coisa? Ah! A arte da capa é sensacional!


9,5

Vitor Franceschini


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