Lembro-me perfeitamente
quando ouvi pela primeira vez o Rhapsody (quando a banda atendia somente por
esse nome e como irei me referir nessa resenha). Foi com o debut “Legendary
Tales” de 1997 que me surpreendeu positivamente pelo excesso de orquestrações e
melodias muito bem encaixadas.
Logo perdi o encanto
pela banda e me recordo muito bem que os discos que o sucederam fizeram um
grande estrondo por parte do público, mas virava e mexia eram massacrados pela
mídia especializada. A única coisa que não poderiam negar era o talento
inegável de seus músicos, em especial o compositor e tecladista Alex Staropoli,
o vocalista Fabio Lione (um dos melhores de todos os tempos no estilo) e do
ex-guitarrista Lucca Turilli.
Após a saída desse
último e a adição do ‘Of Fire’ no nome, a banda italiana sofreu altos e baixos,
mas danou a se apresentar ao vivo (coisa que não fazia no início de carreira) e
passou por mais uma provação. Segundo disco ao vivo os caras, esse álbum duplo
é algo que mostra uma banda completamente reformulada e dentro dos eixos
novamente.
Talvez tenha sido a
decisão mais acertada, já que o que podemos concluir em “Live – From Chaos To
Eternity” é que a banda perdeu tempo em seu começo por não fazer shows. Com um
repertório cheio de clássicos, o grupo demonstra energia e coesão (mesmo com os
inevitáveis overdubs e samples).
O primeiro disco
retrata mais a fase atual, da qual confesso acompanhei pouco, onde canções como
From Chaos to Eternity, Triumph Or Agony, The Dark Secret e Land Of
Immortals soam perfeitas com uma apresentação digna aliada a muito peso e
coesão. Mérito de Alex, Fabio que está cantando cada vez melhor e mais variado,
dos atuais guitarristas Roberto De Micheli e Tom Hess, e da cozinha formada por
Oliver Holzwarth (baixo) e Alex Holzwarth (bateria).
No disco dois, os
arranjos de Alex nos levam a uma viagem ao início de carreira do grupo com
clássicos do naipe de Dawn Of Victory,
The Village Of Dwarves, Holy Thunderforce e Emerald Sword. Simplesmente algo que irá tirar o fôlego de qualquer
fã, pois até o meu se foi com essas execuções.
O peso das guitarras, que
ficou devendo em alguns trabalhos em estúdio, os já citados arranjos, a cozinha
‘nervosa’ e muito técnica, além da interpretação incontestável de Lione, fazem
com que esse disco seja o álbum ao vivo definitivo da banda, já que “Live in
Canada 2005 - The Dark Secret” foi uma ‘encheção’ de linguiça. Algo pra
colecionador.
8,5
Vitor
Franceschini
Boa resenha, man!
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