Uma banda persistente é
o que pode ser chamado o Tropa de Shock. Reconhecida na Europa após turnês pelo
velho continente, já dividiu o palco com nomes como Pink Cream 69 e Primal Fear,
além de já ter participações em seus discos de nomes como Rafael Bittencourt
(Angra), Edu Ardanuy (Dr. Sin) e Michael Weikath (Helloween).
Isso sem contar que a
banda figurou em publicações como Metal Hammer e Rock Hard pela Europa também,
além de outras. Porém, a banda não tem a mesma atenção em território nacional,
mesmo tendo certo nome na cena. Os caras merecem bem mais, principalmente ao se
ouvir “Immortal Rage”.
Apesar de começar no
Hard Rock há mais de 20 anos com o álbum “Fragmentos” em 1990, a partir do
segundo trabalho a banda começou a investir em um Heavy Metal tradicional e é
isso que vem fazendo desde 1997, sempre evoluindo gradativamente. Este último
trabalho se identifica bem com essa proposta.
O diferencial do Tropa
de Shock é a identidade própria. Mesmo praticando um estilo que já impôs limite
à criatividade, a banda consegue soar características e homogênea. Você ouve o
primeiro acorde e já identifica. Riffs variados típicos do estilo, solos muito
bem desenvolvidos e uma cozinha certeira e com pegada marcam as composições.
Tudo com o já
característico e fundamental vocal de Don. Mesmo possuindo um timbre que lembra
nomes como Ralf Scheepers e Zak Stevens em alguns momentos, a forma dele
interpretar as composições o torna único. A única ressalva fica por um detalhe
da produção um pouco aguda e que tirou o peso das composições.
Destaque para You Are A Liar, Alone In The Dark, The Real
Fear e Unjust World, só pra citar
algumas músicas. Acompanho a banda desde o EP “The Blade Of The Wind” (2001) e
posso afirmar que é uma das mais importantes bandas do Metal Tradicional
brasileiro.
8,0
Vitor
Franceschini
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