Na ativa desde 2005, o Chaos Synopsis chegou
abalando com a demo “Garden of Forgotten Shadows” já no ano seguinte. O
quarteto de São José dos Campos/SP, no Vale do Paraíba, soltou 4 anos depois
seu primeiro full-lenght, “Kvlt ov Dementia” (2009) e logo em seguida, mais
precisamente em 2010, um álbum ao vivo, com distribuição limitadíssima. Em
2013, a banda lançou o magnífico álbum conceitual “Art Of Killing”, com a
temática retratando vários seriais killers. Com uma sonoridade raivosa,
mesclando o melhor do Death/Thrash Metal, a banda vem obtendo ótimos resultados
com seu último lançamento. Falamos com Jairo (vocal/baixo) sobre a banda, o
novo álbum, além da apresentação que farão amanhã no Araraquara Rock. Completam
este time: Friggi Madbeats (bateria), JP e Marloni (guitarras)
Após
o lançamento do debut “Kvlt ov Dementia” (2009) vocês já soltaram um álbum ao
vivo, “Live Dementia” (2010). Por que optaram por lançar um disco ao vivo tão
prematuramente?
Jairo:
As
músicas do “Live Dementia” foram gravadas de um show em que fizemos junto ao
Deicide, show esse importantíssimo para a banda. Resolvemos lançar apenas 33
cópias para vendê-las em nossa tour polonesa, sabendo que muitos fãs gostam
desse tipo de material.
E
como foi o processo de composição do segundo trabalho “Art of Killing”?
Jairo:
Foi bem diferente de “Kvlt ov Dementia”, onde normalmente fazíamos as músicas
durante o ensaio. Em “Art of Killing” nos juntávamos toda semana, com as ideias
trazidas de casa e fomos assim montando as músicas, ideias, vocais e tal.
Qual
a principal diferença de “Art of Killing” para o primeiro disco? Afinal são 4
anos que separam os lançamentos.
Jairo:
A experiência da banda e com o JP também compondo deixaram os arranjos mais
ricos e ao mesmo tempo mais simples, trazendo muitas ideias de estilos como
Rock ‘N Roll e Hard Rock, pra juntar com a forte pegada Death/Thrash que temos.
O
novo trabalho, além de mostrar a mescla entre Death e Thrash Metal que a banda
sempre se propôs possui uma temática atraente, principalmente pelo estilo
praticado pela banda. Como vocês chegaram até essa ideia?
Jairo:
Através da primeira música escrita, Bay Harbor Butcher, me surgiu a ideia de
fazer o CD seguir apenas uma temática, o que abriria portas para que todo
conceito artístico fosse muito mais trabalhado através do encarte, letras e
infos.
Musicalmente
falando notamos uma banda com sangue nos olhos em “Art Of Killing” a começar
pelos seus vocais que parecem estar mais agressivos. Fale-nos um pouco sobre
isso?
Jairo:
Acho que toda a pesquisa sobre as histórias me fizeram cantar de uma maneira
mais agressiva, que passasse ao ouvinte o desespero das vítimas e a brutalidade
de cada assassino retratado.
Outro
fator importante a ser destacado é o equilíbrio entre as composições, tanto que
ficou difícil destacar alguma na resenha. Há alguma composição em especial que
vocês gostariam de destacar?
Jairo:
Difícil dizer, desde o lançamento eu ouço o CD quase todos os dias e não tenho
vontade de pular pra uma faixa específica também, realizamos algo interessante,
que é não ter músicas fracas no CD, cada uma é especial.
A
produção do trabalho ficou por conta da própria banda? Aliás, este é outro
ponto alto do disco, que foi masterizado por Andy Classen, na Alemanha. Como
surgiu essa oportunidade de trabalhar com ele e o que acharam do resultado
final?
Jairo:
A produção foi feita pelo Vagner Alba junto com nosso batera Friggi MadBeats.
Conhecemos o trabalho do Andy já faz bastante tempo e fomos indicados pelo
pessoal do Lacerated and Carbonized para fazer o trabalho. O resultado final é
espetacular, ao ouvir o material, não temos dúvidas e nem remorso com nenhum
aspecto do CD.
Houve
ainda uma preocupação maior com a parte gráfica do trabalho. Vocês acham que
isso é importante hoje em dia, ainda mais se pensarmos no lado que a
tecnologia, a internet facilitou o acesso à música e na queda da venda de
material físico?
Jairo:
Eu como comprador de CDs fico extremamente puto de comprar um CD e ao abri-lo
ver um encarte pobre, só as letras ou nem isso às vezes. Por ser um CD com um
conceito único, a arte toda deveria ser voltada àquilo, não apenas
musicalmente. Acredito que um CD não é feito apenas pela musica, mas sim pelo
seu visual e afirmo que acertei em cheio em “Art of Killing” e que o Rafael
Tavares conseguiu expressar perfeitamente cada um dos assassinos.
Como
foi está a repercussão de “Art Of Killing”, o trabalho foi lançado pelo selo
polonês Wydawnictwo Muzyczne Psycho. Como chegaram até esse selo, em que
continentes o álbum foi lançado e como está a repercussão do trabalho no
exterior?
Jairo:
Conheci o Robert da Psycho durante o lançamento de “Kvlt ov Dementia”, que ele
relançou em terras europeias alguns meses após o lançamento brasileiro. Como o
resultado em “Kvlt ov Dementia” foi excelente, levando-nos até a tocar pelo
país, ele apostou novamente na banda. O resultado até agora é bom, com muitos
reviews e algumas entrevistas no velho continente.
Vocês
irão tocar no Araraquara amanhã, dia 13. Como vocês se sentem em tocar neste
festival e quais são as expectativas?
Jairo:
Estamos bastante animados por tocar no Araraquara Rock, por ser um festival já
com um nome fincado na cena Rock brasileira e podermos tocar e mostrar a muitos
rockeiros o que é o Chaos Synopsis ao vivo.
Muito
obrigado pela entrevista, podem deixar uma mensagem.
Jairo:
Obrigado pessoal da Arte Metal, headbangers que apoiam a banda e esperamos ver
todos na estrada, que é o lugar do Chaos Synopsis, fazendo muito Rock por aí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário