O Rinoceronte é de
Santa Maria/RS e “O Instinto” é o seu segundo full-lenght. Formado por Luiz
Henrique 'Alemão' (bateria), Paulo Noronha (vocal/guitarra) e Vinicius Brum
(baixo/vocal), a banda já lançou um EP, um single, além do primeiro disco
“Nasceu”, que saiu em 2010.
A banda canta em
português e investe em uma sonoridade que mescla o Classic Rock setentista com
o Stoner Rock atual, além da psicodelia habitual e até obrigatória neste tipo
de sonoridade. Com letras simples, mas muito inspiradas, o som da banda
demonstra um bom equilíbrio e certa suavidade.
Se você espera algo
sujo, típico do Stoner, desencane. Há certa dose de técnica e as músicas são
executadas com maestria. As guitarras de Paulo possuem um timbre não tão sujo,
com peso na medida certe e despeja bons riffs e solos. A cozinha manda muito
bem e dá suporte suficiente às composições.
Os vocais de Paulo em
dueto com os backing vocals de Vinicius são a cereja do bolo. Sem exageros, a
interpretação é serena, mas emotiva. Destaque para as composições Chemako, Quanto Mais Vive, Futurista e Qualquer Lugar (confira o clipe no final
da resenha).
Com uma capa que lembra
as artes do Pink Floyd, o trabalho gráfico segue os padrões da música e sabe
ser simples, porém de muito bom gosto. Se você aprecia um som acessível que
sabe sobrepor o ‘feeling’ à técnica, não deixe de conferir esse trabalho. A
música independente agradece.
8,5
Vitor
Franceschini
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