Os capixabas do Broken
& Burnt surgiram em 2011 e prolificamente já lançaram o EP “Hate Will Grow”
(2011) e o debut “Let the Burning Begin” (2012). Formado por Hugo Ali Morelato
(vocal/guitarra), César Schroeder (guitarra), Denis Coelho (baixo) e Apache
Moons (bateria) o grupo está prestes a lançar mais um EP e alçar vôos ainda
mais altos. Pelo menos foi o que nos revelou Hugo na entrevista a seguir, que,
além disso, relata sobre o atual momento da banda, sua história e muito mais.
Conte-nos
um pouco sobre a história da banda. Desde o início a intenção foi fazer som
próprio?
Hugo:
Indiscutivelmente sim! Eu e César vínhamos do fim de uma banda e convidamos
Apache e Denis para completar a Broken & Burnt quando já tínhamos praticamente
acabado o EP “Hate Will Grow” (2011). Escrevemos mais umas músicas e partimos
pros shows! Acontece de tocar um cover ou outro, mas não é regra do setlist.
Desde o primeiro dia somos uma banda que produz material próprio.
Falando
do primeiro álbum, “Let The Burning Begin”, como foi compô-lo? Houve algum tipo
de pressão por ser o debut?
Hugo:
Não! O processo de composição foi tranquilo. Nós já tínhamos as quatro músicas
do EP “Hate Wil Grow”, e compusemos mais cinco pro “Let The Burning Begin”.
Algumas nós já tocávamos ao vivo, o que facilitou ainda mais o processo. As
músicas quase sempre partem de riffs ou de ideias rítmicas básicas. Acho que os
anos como baterista me ajudam na hora de conceber as células gerais das
canções, fluindo fácil para as formas finais, onde cada um coloca sua
identidade.
A
sonoridade de vocês apresenta diversas influências que vão desde o Thrash Metal
dos anos 90, até o Hardcore nova-iorquino e até de Classic Rock, se formos mais
a fundo. Vocês sempre tiveram esse direcionamento ou isso surgiu naturalmente?
Hugo:
Temos muitas influências variadas, daí essa mistura toda. Nossas influências
vão de Lynyrd Skynyrd até Behemoth, passando por Sabbath e Slayer. Apache e
César trazem algumas bandas mais modernas na manga. Dentro desse caos todo
buscamos um lugar da Broken & Burnt.
Por Thais Carletti |
Acho
que Short-Sighted Solution, Hatred Song, a mais melódica Bleed, além da variada Hate Will Grow são os destaques do disco
e resumem bem a proposta da banda. Vocês concordam com isso?
Hugo:
Com certeza! As músicas que você citou são completamente diferentes uma das
outras e ao mesmo tempo todas têm nossa assinatura. Com certeza os próximos
materiais, além de fincar mais essa identidade, vão abrir outros lugares
inesperados.
Como
foi a repercussão do primeiro trabalho até então?
Hugo:
Bom,
tivemos reviews em vários sites que nos disseram coisas boas sobre o álbum e as
pessoas que vão aos shows tem adquirido a versão física. Além disso, tivemos
boa resposta das músicas ao vivo. É uma época difícil, pois só temos um álbum,
então acabamos tocando ele na íntegra na maioria dos shows. Acredito que é um
bom álbum por isso! Tem uma variedade de canções diferenciadas que funcionam
durante um show todo e, durante uma audição em casa ou no carro, não te deixa
entediado.
Sei
que vocês já estão trabalhando em um novo disco. O que podem nos adiantar sobre
isso? Ele seguirá o mesmo direcionamento de “Let The Burning Begin”?
Hugo:
Neste mês vamos lançar um novo EP. O título é “Stolen” e além da faixa-título
inédita, vai contar com um cover e uma versão do “Let The Burning Begin”.
Estará disponível na internet para download gratuito e streaming e será um
Split com uma banda aqui do Espírito Santo. Esse EP é um aquecimento pro novo
álbum que deve sair no 1º semestre de 2014. Esse álbum está praticamente todo
composto, estamos fazendo a pré-produção e tal. Ele trás um pouco mais
influências do Stoner/Doom, mas mantém o groove, os riffs e os berros do “Let The
Burning Begin”.
Vocês
gravaram um vídeo para a faixa The New Me,
que está no primeiro disco. Pretendem gravar mais algum novo clipe para
divulgar o álbum que está por vir?
Hugo:
Gravamos o vídeo de The New Me na
abertura do show do Viper em outubro de 2012 em Vitória/ES. Além dele, lançamos
também um vídeo para Tell Me No Lies,
que tem cenas dos shows de abril e maio de 2013. Para os próximos lançamentos com certeza
podem esperar vídeos! É uma maneira legal de quem não foi a um show ter algumas
imagens pra ter uma idéia do que acontece... E de ter contato com a gente em
movimento, né? (risos).
Com
está a agenda de shows da banda?
Hugo:
Temos alguns shows a partir de agosto para o lançamento do EP “Stolen”. Devemos
fazer alguns shows e depois já entrar de cabeça no 2º full-lenght. Tocamos
bastante de janeiro de 2012 até maio desse ano. Agora é hora de trazer material
novo à mesa.
Ouço
falar pouco da cena Metal capixaba. Conte-nos um pouco o que tem rolado por aí.
Recomende algumas bandas do Espírito Santo para os leitores.
Hugo:
Como
em todo o Brasil temos problema em locais para shows, mas conseguimos tocar em
algumas casas em cidades variadas. O número de bandas de Metal autoral não é
grande e o público, em sua maioria, ainda prefere bandas covers. Mas temos
corrido atrás e feito shows bons com público considerável e existem outras
bandas realizando os mesmos feitos. Agora queremos fechar algumas datas em
outros estados para expandirmos território. Existem algumas bandas de metal de
gêneros bem variados que eu admiro no Espírito Santo, como PoisonGod,
Psychodeath, Petit Mort, Ninetieth Storm, Obsidian Lies, Capiroto In The
Shadows, Wolfshade, Erro, entre outras.
Muito
obrigado pela entrevista. Podem deixar uma mensagem.
Hugo:
Para quem ainda não conhece a Broken & Burnt, confira nosso som aí pelos
links, curta nossa fan page do facebook e acompanhe nossos lançamentos. Abraço
aos amigos que checaram a entrevista via nossas páginas e já tão vendo nossas
paradas há mais tempo! No mais, aguardem o EP “Stolen” que já sai mês que vem! Yeah!
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