Sempre bato na tecla
das atuais produções ruins do Black Metal. Tudo bem que a origem do estilo
priorizava tal raiz, mas com os recursos de hoje em dia há como se fazer música
odiosa com uma boa produção. Felizmente é isso que fazem os franceses do
Lugnasad.
“Smell Of A Grey Sore”
é o primeiro trabalho do quinteto parisiense e traz toda a essência do Black
Metal escandinavo de forma rara e bem feita. Guitarras ríspidas, com a uma
cosinha seca e vocais rasgados/guturais dão a essência da música do grupo que
se extingue de arranjos e passagens de teclados.
E quem pensa que a
banda não consegue encaixar melodia em sua música se engana. Há sim momentos
melódicos, mas nada que soe meloso e tudo na medida certa. Isso fica evidente
nas duas faixas que iniciam o trabalho. Four
In The Fifth Finger e Xerolagnia dão
as boas vindas de forma categórica, principalmente a segunda que possui uma
quebrada e riffs apocalípticos de arrepiar, além de um solo matador.
Aliás, este tipo de
riff que nos arranca a alma de tanta raiva é recorrente durante o álbum. A
variação rítmica também se faz presente e, apesar das faixas possuírem uma média
de 6 minutos, elas não soam cansativas em momento algum.
Ainda menciono The Frigid Feast e a épica Scarified (ver vídeo no final da
resenha) que fecha o disco magistralmente. Ah! E não podemos deixar de
mencionar a ótima produção que deixou todos os instrumentos audíveis e soando
organicamente, sem deixar nada artificial. Um dos melhores do estilo no ano.
9,0
Vitor
Franceschini
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