Finalmente, após
entrevistarmos o guitarrista Chen Balbus, em julho deste ano (confira a
entrevista aqui),
recebemos via Shinigami
Records este que talvez seja o disco que representa o ápice do Orphaned
Land. Maior banda de Metal da história de Israel, a banda é uma das mais
diversificadas do Metal atual, porém sempre manteve alguns elementos
característicos em sua música.
Mais uma vez abordando
letras com contexto religioso, ou melhor, pregando a união dos povos
monoteístas, “All Is One” soa mais direto que o último trabalho do Orphaned
Land. Claro, arranjos intrincados e os tradicionais elementos da música árabe
se fazem presentes e de forma maciça, mas o peso e a objetividade soam mais
constantes no disco.
Outro fator preponderante
para o alto nível de qualidade do álbum é o trabalho vocal, cheio de coros e
linhas harmônicas que dão um clima erudito às músicas. Isso fica evidente desde
a faixa título que abre o disco magistralmente. O ponto negativo fica para a
falta de vocais guturais, já que Kobi Farhi está cantando limpo em todo álbum,
com exceção da faixa Fail, onde
introduz mais agressividade e vozes rasgadas.
O lado Progressivo
ainda aparece nas composições, os riffs de guitarras estão mais em evidência,
além da cozinha demonstrar mais variação. As melodias e interpretações emotivas
de Farhi são outros pontos positivos. Destaque para as belas Brother (confira o clipe no final da
resenha), Let The Truce Be Knows, Our Own Messiah e Children.
Com a produção da
própria banda, em estúdios diferentes (Fascination Street Studios, na Suécia,
no Bardo Studios & Black Knob, em Israel e no Sesler Studio, na Turquia), o
trabalho mostra uma sonoridade ímpar e com muito equilíbrio. O Orphaned Land
consegue como poucos se recriar, mesmo sem deixar suas características de lado.
Fenomenal!
9,0
Vitor
Franceschini
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