Capitaneado pelo
vocalista Nachtgarm, que esteve à frente do Dark Funeral entre 2011 e 2012, o
trio alemão King Fear solta, após um EP auto-intitulado, seu debut. Trata-se de
um álbum conceitual inspirado no montanhismo e baseado na premissa da
“conquista do inútil”: o possessivo desejo da humanidade de alcançar os mais
altos picos das montanhas.
Acompanhado por Mål
Dæth (guitarra/baixo) e BoneInn (bateria), Nachtgarm conseguiu destilar uma
essência atípica no Black Metal que explora sons não tão velozes e possui um
bom trabalho de guitarras. Claro que há momentos mais rápidos no disco, mas
fica evidente durante toda a audição que a banda não se preocupou em soar
ríspida o tempo todo.
Fato este que pode ser
confirmado já na trinca inicial formada por Conquering
the Useless, Death Zone e Frostbite. O já citado trabalho das
guitarras mostra uma boa variação de riffs e até influências do Death Metal em
alguns momentos. Outro fator preponderante são as linhas de bateria que
exploram com qualidade os dois bumbos, mesmo nos momentos mais lentos.
Se preferires
agressividade e rapidez ouça Empires
Aloft, que é talvez a melhor composição do disco, e Re-Conquering the Useless. Nachtgarm se mostra um vocalista muito
versátil passando do rasgado ao gutural de forma sublime, mostrando-se um dos
melhores do estilo na atualidade.
A produção, a cargo do
baterista Mål Dæth, é outro fator preponderante e foge da rusticidade que é
comum no estilo. O lançamento nacional da Shinigami
Records traz como bônus o primeiro EP inteiro citado no
início da resenha. Black Metal feito por quem entende do assunto.
8,0
Vitor
Franceschini
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