São 20 anos de carreira
e após um hiato de 10 anos, os paulistas do Desdominus soltam seu segundo
álbum, este atormentador “Devastating Millenary Lies”. Sucessor do ‘maldoso’ “Without
Domain” (2003), a missão deste novo trabalho não é das mais fáceis, mas após
sua audição, algo me diz que os objetivos foram atingidos.
Inovando ao trazer –
após a introdução Asleep (Preludium)
– uma faixa de abertura cantada em português, o quarteto de Americana já mostra
a que veio. Expressando todo ódio contra a religião e seus derivados, a banda
estremece tudo em A Queda Dos Ídolos
e quase não deixa vestígios para continuarmos nossa prazerosa missão ao ouvir
este petardo.
Mesclando perfeitamente
o Death ao Black Metal, as guitarras de Paolo Bruno (também vocalista) e Wilian
Gonsalves destilam riffs cortantes e mortais, que ainda despejam solos melodiosos
muito bem executados. Enquanto a cozinha sustenta o peso, com uma bateria
insana e técnica, por conta de Ney Paulino, o baixo estremecedor de Rafael de Faria dá
ainda mais densidade às composições. Os vocais rasgados de Paolo chegam a
assustar, tamanha a raiva que ele os propaga.
Com uma variação
rítmica muito bem encaixada, algumas belas quebradas e passagens acústicas, as
composições mostram um grau de amadurecimento elevadíssimo. Isso pode ser
confirmado em faixas como Dethroning the
Inferior Ones (talvez a melhor do disco), Autolatry e No Retribution,
uma trinca matadora!
Tudo isso provido de
uma ótima produção realizada no Estúdio RG, a cargo de Guilherme Malosso e da
própria banda, com masterização de Lauro Nightrealm (baixista do Queiron). Além
disso, o disco é embalado em uma bela arte gráfica feita pelo próprio Paolo.
Sem sombras de dúvidas “Devastating Millenary Lies” compensou a espera de 10
anos!
9,0
Vitor
Franceschini
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