“...of
Chaos and Ascension” (2013), o debut álbum dos cariocas da Dark Tower talvez
tenha sido um dos mais esperados lançamentos do Metal nacional. Isso porque a
banda gravou ótimos trabalhos que o antecederam, sendo que o single “Retaliation”
(2011) foi um dos principais motivos dessa espera. E o aguardo valeu à pena. O
primeiro trabalho do (agora) quinteto é um dos melhores lançamentos de 2013 e
mostra uma banda versátil que explora diversos elementos do Black e do Death
Metal. Com a palavra Flávio Gonçalves (vocal) e Rodolfo Ferreira (bateria).
Os singles e
EP´s lançados pela banda criaram uma grande expectativa antes do lançamento do
primeiro álbum. Isso fez com que a banda se sentisse pressionada para trabalhar
em “...Of Chaos And Ascension”?
Rodolfo:
Na verdade, não. O processo criativo da banda segue o mesmo desde o início, quando
eu tive a ideia de como queria que soasse a minha nova empreitada e chamei o
Flávio, que já tinha sido meu companheiro de banda anteriormente. Tanto que
existem nesse primeiro CD músicas que são dessa época, e que já foram
registradas antes, unidas às composições mais recentes.
Acredito que tivemos sim uma pressão referente apenas ao lançamento em si, pois a nossa meta era já ter lançado o “...Of Chaos and Ascension” há pelo menos dois anos. Porém, tivemos que parar e recomeçar o processo inúmeras vezes, devido a problemas internos da banda tanto no âmbito administrativo quanto pessoal.
Acredito que tivemos sim uma pressão referente apenas ao lançamento em si, pois a nossa meta era já ter lançado o “...Of Chaos and Ascension” há pelo menos dois anos. Porém, tivemos que parar e recomeçar o processo inúmeras vezes, devido a problemas internos da banda tanto no âmbito administrativo quanto pessoal.
E como foi o processo de composição
do disco? Como a banda costuma trabalhar neste sentido?
Flávio:
Como o Rodolfo falou na pergunta anterior, o processo de composição sempre se
deu da mesma forma. Ele sempre trouxe as ideias das composições, praticamente
prontas e arranjadas em midis e ferramentas do gênero. Com esse material a
banda desenvolvia em conjunto o que viria a se tornar a versão final das
músicas. Esse processo é praticado desde a formação do Dark Tower e não mudou.
Tanto que ele já possui cerca de 6 a 7 músicas praticamente fechadas, além de
muitas ideias soltas para o próximo album que não tardará a ser lançado.
Muito em breve estaremos começando a trabalhar com afinco para trazer a tona o segundo registro full-length do Dark Tower! A respeito do conteúdo lírico, eu trago muitas ideias e reflexões sobre o que podemos escrever e trabalho em conjunto com o Rodolfo para desenvolver as letras e as linhas vocais, e vice-versa.
Muito em breve estaremos começando a trabalhar com afinco para trazer a tona o segundo registro full-length do Dark Tower! A respeito do conteúdo lírico, eu trago muitas ideias e reflexões sobre o que podemos escrever e trabalho em conjunto com o Rodolfo para desenvolver as letras e as linhas vocais, e vice-versa.
A banda investe
em uma sonoridade que mescla agressividade e melodia, sem soar tendenciosa. Na
hora de compor vocês se preocupam em não soar de tal forma que desagrade a
parcela mais exigente do público Black Metal?
Rodolfo: É assim que soamos e não sabemos fazer de outra forma. Seríamos falsos e hipócritas se compuséssemos de forma diferente para nos adequarmos aos moldes e regras que muitos seguem como verdadeiros cordeiros cegos, tão cegos quanto os fracos que eles condenam.
Rodolfo: É assim que soamos e não sabemos fazer de outra forma. Seríamos falsos e hipócritas se compuséssemos de forma diferente para nos adequarmos aos moldes e regras que muitos seguem como verdadeiros cordeiros cegos, tão cegos quanto os fracos que eles condenam.
Flávio:
O que vocês ouvem é aquilo que sai de nossas mentes e corações. É o que
chamamos de nossa música, agrade ou não. Este é o Dark Tower.
A parte
agressiva das composições de “...Of Chaos And Ascension” obviamente fica por
conta do trabalho das guitarras e da cozinha. Mas, os arranjos dão um toque bem
especial às composições e estão muito bem encaixados.
Rodolfo: Realmente contamos sempre com um ótimo guitarrista, que ficou por muito tempo na banda que foi o Romulo Pirozzi, e sem sombra de dúvidas ele imprimiu seu estilo e trouxe muita qualidade à banda. Sobre os arranjos, nós temos muito cuidado com esse aspecto. Muitas vezes eu fiz e refiz alguma música simplesmente por achar que o arranjo ainda não era aquele que deveria ser mostrado à banda. Este ponto é algo muito importante e pensado no Dark Tower, agradeço seus elogios e fico feliz que tenha percebido isso em nossa música.
Rodolfo: Realmente contamos sempre com um ótimo guitarrista, que ficou por muito tempo na banda que foi o Romulo Pirozzi, e sem sombra de dúvidas ele imprimiu seu estilo e trouxe muita qualidade à banda. Sobre os arranjos, nós temos muito cuidado com esse aspecto. Muitas vezes eu fiz e refiz alguma música simplesmente por achar que o arranjo ainda não era aquele que deveria ser mostrado à banda. Este ponto é algo muito importante e pensado no Dark Tower, agradeço seus elogios e fico feliz que tenha percebido isso em nossa música.
Os vocais de
Flávio são um dos destaques no disco. Além do gutural e rasgado, os vocais
limpos do baterista Rodolfo caíram como uma luva e é um dos diferenciais do
disco. Fale-nos um pouco a respeito.
Flávio: Muito obrigado pelas palavras, Vitor! Eu sempre tento variar as vocalizações para acompanhar o clima de cada parte das músicas. É um trabalho que acho interessante e que conseguimos reproduzir ao vivo graças ao suporte do Rodolfo que divide comigo as vocalizações guturais trazendo essas variações às nossas performances em cima do palco.
Flávio: Muito obrigado pelas palavras, Vitor! Eu sempre tento variar as vocalizações para acompanhar o clima de cada parte das músicas. É um trabalho que acho interessante e que conseguimos reproduzir ao vivo graças ao suporte do Rodolfo que divide comigo as vocalizações guturais trazendo essas variações às nossas performances em cima do palco.
Rodolfo: Agradeço
quanto aos elogios aos vocais limpos! Eu aprecio o trabalho de muitas bandas
que se utilizam de vocalizações limpas como Borknagar, Vintersorg, Wintersun etc.,
e também sou um grande admirador do Heavy Metal Tradicional de bandas como
Judas Priest, Mercyful Fate, King Diamond, Manowar, etc., só para citar alguns
exemplos. Então, é algo que sai naturalmente, enquanto componho as músicas.
Aliás, a
inclusão desses vocais limpos dão uma aura mais moderna à sonoridade da banda.
Seria essa a intenção?
Flávio: Não é a intenção. Sabemos
dessas novas vertentes de Metal, que originaram principalmente dos Estados
Unidos, que se utilizam muito da alternância entre vocais guturais e limpos,
mas não possuímos influência delas. Talvez, elas tenham bebido de fontes parecidas
com as nossas, e a nossa música, de fato, tem passagens e riffs, assim digamos,
modernos. Todavia, como o Rodolfo pontuou acima, a nossa inspiração para tais
partes definitivamente vem das bandas citadas por ele.
O guitarrista
Romulo Pirozzi e o baixista Murilo Pirozzi gravaram o álbum e deixaram a banda.
Por que isso ocorreu?
Flávio: A situação se deu da seguinte forma: após a conclusão das gravações, nós conversamos sobre o futuro da banda. Sobre atrasos e percalços que passamos até o atual momento e quais seriam as metas para a banda a partir daquele momento. Sabiámos que a banda teria que produzir continuadamente e alcançar novos patamares. Isso inclui investimento, dedicação e empenho.
Flávio: A situação se deu da seguinte forma: após a conclusão das gravações, nós conversamos sobre o futuro da banda. Sobre atrasos e percalços que passamos até o atual momento e quais seriam as metas para a banda a partir daquele momento. Sabiámos que a banda teria que produzir continuadamente e alcançar novos patamares. Isso inclui investimento, dedicação e empenho.
Nessa conversa, foi decidido de forma mútua e
extremamente consciente que precisariamos mudar as coisas para o bem da mesma.
Tanto o Murilo quanto o Rômulo possuem projetos pessoais, que não comportavam mais
o Dark Tower e não cabiam mais em suas vidas as metas e sacrifícios que
decidimos fazer, em prol do futuro da banda.
No lugar deles
entraram os guitarristas Tauan Rithmains (Prophecy) e Raphael Casotto (Pagan
Throne), além do baixista Bruno Valente (Boreal Doom). Como chegaram até esses
músicos e como está sendo trabalhar com eles? Eles já se apresentaram ao vivo
com a banda?
Rodolfo: Contamos com alguns testes até chegarmos a esta formação. Tivemos audições com alguns guitarristas e baixistas, mas no final, percebemos que essas pessoas eram as escolhas corretas para seguirmos em frente com o trabalho. Não apenas pela questão técnica e musical, mas também por diversas outras questões como postura, comprometimento e determinação.
Todos estão 100% dedicados ao Dark Tower, Dentre eles, o Raphael é o que está há mais tempo conosco e, desde o começo, nas primeiras conversas que tivemos sobre o assunto, vimos que ele queria mesmo conosco. Ele mesmo nos fez perguntas sobre futuro, metas e os objetivos da banda, e eles coincidiam perfeitamente com o que queríamos. O Tauan é um cara que está tocando no underground com seus projetos há muito tempo e tem uma ótima experiência de palco, postura e movimentação. E em prol da banda, embarcou numa empreitada que nunca havia vivido antes. Ele nunca havia cantado, mas sabendo que as minhas partes possuem várias linhas, e essas dobras eram feitas pelo nosso antigo guitarrista, ele me pediu as letras, passamos juntos, treinamos e hoje em dia ele faz essas dobras comigo. Sobre o Bruno, o que podemos falar é que ele na verdade é guitarrista e nunca havia tocado baixo anteriormente. Mas enxergamos potencial nele, conhecemos seu empenho e gostos pessoais, postura e desacreditando das pessoas que haviam sido testadas (cada um por seus motivos), propusemos a ele a missão de tentar fazer, sendo prontamente aceita de bom grado. Ele se manteve, na época, treinando com afinco e melhorando a cada teste. Logo após esta fase, ele adquiriu imediatamente o seu novo instrumento, visando o melhor para a banda.
Rodolfo: Contamos com alguns testes até chegarmos a esta formação. Tivemos audições com alguns guitarristas e baixistas, mas no final, percebemos que essas pessoas eram as escolhas corretas para seguirmos em frente com o trabalho. Não apenas pela questão técnica e musical, mas também por diversas outras questões como postura, comprometimento e determinação.
Todos estão 100% dedicados ao Dark Tower, Dentre eles, o Raphael é o que está há mais tempo conosco e, desde o começo, nas primeiras conversas que tivemos sobre o assunto, vimos que ele queria mesmo conosco. Ele mesmo nos fez perguntas sobre futuro, metas e os objetivos da banda, e eles coincidiam perfeitamente com o que queríamos. O Tauan é um cara que está tocando no underground com seus projetos há muito tempo e tem uma ótima experiência de palco, postura e movimentação. E em prol da banda, embarcou numa empreitada que nunca havia vivido antes. Ele nunca havia cantado, mas sabendo que as minhas partes possuem várias linhas, e essas dobras eram feitas pelo nosso antigo guitarrista, ele me pediu as letras, passamos juntos, treinamos e hoje em dia ele faz essas dobras comigo. Sobre o Bruno, o que podemos falar é que ele na verdade é guitarrista e nunca havia tocado baixo anteriormente. Mas enxergamos potencial nele, conhecemos seu empenho e gostos pessoais, postura e desacreditando das pessoas que haviam sido testadas (cada um por seus motivos), propusemos a ele a missão de tentar fazer, sendo prontamente aceita de bom grado. Ele se manteve, na época, treinando com afinco e melhorando a cada teste. Logo após esta fase, ele adquiriu imediatamente o seu novo instrumento, visando o melhor para a banda.
Flávio: Com todos estes pontos bem definidos, julgamos então que eles eram a escolha correta para seguir a nossa jornada. Além disso, todos se conheciam de longa data, uns mais e outros menos. Mas a interação entre todos foi perfeita, todos se falam, tocamos com seriedade, mas também nos divertimos juntos. Enfim, a relação tem sido ótima e estamos muito satisfeitos com a nossa nova formação. Sobre apresentações, foram duas até o momento: no show de lançamento do CD “...Of Chaos and Ascension”, no Heavy Duty e no Planet Music, ambos aqui no Rio de Janeiro. Foram bons eventos, mas muita coisa ainda está por vir. Este é só o início do novo capítulo na história do Dark Tower!
Aliás, como anda a agenda de shows?
Flávio: Estamos negociando datas em vários lugares do Brasil, como São Paulo, Minas Gerais, Região Sul e Nordeste também, além de já estarmos projetando novos passos para nossa carreira, que é levar a nossa música para outros países. Os próximos dias da banda serão extremamente produtivos e estamos ansiosos para viajarmos o quanto antes.
Flávio: Estamos negociando datas em vários lugares do Brasil, como São Paulo, Minas Gerais, Região Sul e Nordeste também, além de já estarmos projetando novos passos para nossa carreira, que é levar a nossa música para outros países. Os próximos dias da banda serão extremamente produtivos e estamos ansiosos para viajarmos o quanto antes.
“...Of Chaos And Ascension” chegou
a ser lançado no exterior? Qual tem sido a repercussão do álbum até então?
Rodolfo: Ainda não podemos afirmar nada com exatidão. Mas podemos dizer que a procura vinda de alguns selos europeus aconteceu, mas precisamente na Itália, França e Alemanha. Pessoas de selos desses países entraram em contato conosco através de e-mail e da nossa página no Facebook e enviamos nosso material. Sabemos que isso é um ponto extremamente importante para futuras turnês e estamos trabalhando nessas negociações. Não podemos afirmar que as mesmas darão frutos, mas as coisas estão acontecendo e o interesse existe. Isto nos deixa extremamente satisfeitos e confiantes, em relação nosso trabalho.
Rodolfo: Ainda não podemos afirmar nada com exatidão. Mas podemos dizer que a procura vinda de alguns selos europeus aconteceu, mas precisamente na Itália, França e Alemanha. Pessoas de selos desses países entraram em contato conosco através de e-mail e da nossa página no Facebook e enviamos nosso material. Sabemos que isso é um ponto extremamente importante para futuras turnês e estamos trabalhando nessas negociações. Não podemos afirmar que as mesmas darão frutos, mas as coisas estão acontecendo e o interesse existe. Isto nos deixa extremamente satisfeitos e confiantes, em relação nosso trabalho.
Muito obrigado,
parabéns pelo sucesso. Este espaço é para deixar uma mensagem aos leitores.
Rodolfo:
Nós lhe agradecemos! Estamos apenas no começo, muita coisa ainda vai acontecer
e esperamos nos ver em breve para falar de novos lançamentos e conquistas em
nossa carreira! E para quem quiser conhecer mais o nosso trabalho, confira a
nossa página no facebook (www.facebook.com/darktowermetal)
e para os que querem adquirir CD, camisa etc, procurem em lojas abastecidas
pela Voice Music e Mutilation Rec, ou entrem em contato diretamente com a banda
através do e-mail: contact.darktower@gmail.com.
Saudações!
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