Sandro
Maués (vocal), Dougão (guitarra), Nilão (baix) e Thiago Agressor (bateria) são
quatro guerreiros do underground que após 9 anos carregando o nome da Metalizer
conseguiram soltar o seu primeiro álbum oficial. Intitulado “The Thrashing
Force”, o trabalho traz composições que são frutos dos anos de lutas e
dificuldades. Conversamos com Agressor que, com muita humildade, discorreu
sobre a banda e alguns assuntos relacionados à nossa cena atual. Com vocês:
METALIZER!
Conversando em off com Nilão, ele
me disse que o lançamento de “The Thrashing Force” foi um sonho. Enfim, o disco
saiu após quase 10 anos da fundação da banda. Como foi todo o processo de
composição e produção do trabalho?
Thiago Agressor:
Olá, primeiramente gostaríamos de agradecer a você Vitor e ao Arte Metal, pelo
espaço cedido ao Metalizer para divulgarmos nosso trampo. Então, o nosso Debut
“The Thrashing Force” realmente foi uma grande conquista pra nós e devido aos
contratempos para estabilizarmos uma formação, ele acabou demorando muitos anos
pra ser finalmente concluído. O processo de composição foi feito durante todo
esse tempo, e essas músicas datam de 2003 a 2009, temos a Metalizer (The Thrashing
Force) que é nossa primeira composição, passando por Electric Homicide que é da primeira Demo de mesmo nome, que na
época só tinha eu da formação atual, e eu era baixo e vocal. Aí temos mais duas
músicas da segunda demo (já com o Douglas na guitarra) e o restante vieram aos
poucos após essa demo. A gravação foi feita no estúdio radioativo na cidade de
Sumaré de junho a dezembro de 2012.
Vocês primam por uma sonoridade
voltada às raízes do Thrash e Speed Metal. Essa sempre foi a proposta da banda?
Quais as principais influências da Metalizer?
Agressor:
Sim, é o que mais gostamos de escutar e tocar, embora também tenhamos
influências de bandas de Heavy Metal tradicional e Death Metal ‘Old School’, o
Thrash e o Speed Metal sempre estiveram no nosso som e sempre estarão. Existem
muitas bandas que nos influenciam, para citar algumas: Slayer, Exodus,
Destruction, Razor, Living Death, Iron Angel, Running Wild, Testament,
Sepultura, Overkill, MX, Attomica, Coroner, Obituary, Sacrifice, Venom,
Warfare, Demolition Hammer, Dark Angel, Kreator, e muitas e muitas outras
lendas.
Inclusive as temáticas são típicas
do estilo. Fale-nos o que vocês tentam passar com suas letras?
Agressor:
As letras abordam vários assuntos, desde a ode ao Metal, em Metalizer (The Thrashing Force), a
violência do mundo em que vivemos causados pela miséria e desigualdade em Peace in Pieces, Em Alcoholic Madness é narrada é experiência de eu ter tocado
completamente bêbado em alguns shows que fizemos no passado, quando eu ainda
era baixo e vocal na banda, Bleed By My
Fist e Thrashing the Betrayers
demonstram intolerância à falsidade das pessoas, a primeira na cena Metal, de
babacas que falam merda e não fazem nada pra ajudar, conheço até uns que se
intitulam os ‘fodões’ do Metal, mas se você olhar os CDs do cara é tudo
copiado, inclusive de banda underground do Brasil, e a outra é sobre inveja e
falsidade de uma forma geral. A Emptiness
é sobre a vida vazia que muitos levam hoje em dia, mas pra ser sincero não
gosto muito dessa letra (risos), ela já teve outras letras e ideias, mas não
consegui encaixar nada realmente inspirado nela. A Silent Desperation o nome é bem explicativo, é sobre a fato de às
vezes se estar a beira de explodir, mas não aparentar isso, e é um bom
paradoxo, como o fato de muita gente que faz escândalo, grita por aí, mas é só
manha, e na questão da Silent é o
contrário disso. Nos próximos trabalhos manteremos nossa pegada nas letras, mas
de forma cada vez melhor e mais contundente, abordando ainda mais temas
pertinentes e interessantes.
Achei as composições bem
equilibradas, mas em minha resenha destaquei as faixas Thrashing the Betrayers e Alcoholic
Madness. Há alguma composição favorita da banda ou que vem obtendo mais
aceitação do público nos shows?
Agressor: Interessante
cara, acho que todo mundo cita sempre Alcoholic
Madness, eu achava que era porque a galera que curte a banda sempre aprecia
uma boa ‘cachaçada’, mas estou começando a acreditar que a música é legal mesmo
(risos gerais). Bom falando por mim, eu citaria Alcoholic Madness também, e incluiria a Peace In Pieces e Metalizer
(The Thrashing Force).
A arte da capa ficou a cargo de
Fernando Lima (Drowned). Como chegaram até Fernando e como foi trabalhar com
ele?
Agressor:
O Fernando é um grande profissional, e já conhecíamos o trabalho dele. Aí
quando nosso vocalista Sandro Maués entrou na banda, ele o indicou, pois ele
havia feito uma grande trabalho no CD “Following The Funeral” (2013) da banda
Zênite, pois o Sandro é o Baterista deles (e eu atualmente sou um dos
guitarristas). Curtimos muito o resultado final, e quem precisar de um grande
artista pra fazer o trabalho de sua banda, procure o Fernando, recomendo.
Como tem sido a repercussão de “The
Thrashing Force” até então?
Agressor:
A Repercussão tem sido boa, estamos vendendo bem nosso CD, fazendo trocas com
bandas e lojas, e assim divulgando o trabalho. As resenhas que foram feitas até
agora foram bem positivas em sua maioria e os bangers que falaram com a gente
sempre elogiam o trabalho, então só temos que agradecer o pessoal que nos ajuda
de alguma forma.
O Thrash Metal, principalmente o
influenciado pela velha escola, tem retornado com grande estilo nos últimos 5
anos, pelo menos. Como vocês vêem esse retorno e como isso pode beneficiar a
Metalizer?
Agressor:
Ficamos felizes e apoiamos desde que sejam bandas que toquem com sinceridade, e
não somente por pegar carona. Eu sei que a cena de uma forma em geral é cheia
de altos e baixos, a cada momento vai ter um estilo em alta, outro em baixa,
mas falando por nós vamos estar sempre fazendo nosso som sem se atentar a isso,
por que a nossa meta é fazer um música sincera, mesmo que ninguém curta, será
um trabalho sempre sincero.
Como vocês vêem a atual cena Metal
no Brasil, a Metalizer tem tido espaço para se apresentar ao vivo? Como anda a
agenda de vocês?
Agressor:
A cena no Brasil sempre tem aqueles problemas que todos conhecemos, várias
bandas legais, mas que sofrem com
problemas estruturais e falta de espaço pra tocar, fora que
financeiramente sempre dá um prejuízo grande, porque instrumentos são caros,
gravações também, e muita gente não entende, produtores muitas vezes não querem
pagar a gasolina, os gastos que você tem com a viagem, etc. Tem o público que
acha caro pegar pelo CD original, etc. Mas independente disso tem muitas bandas
fodas pelo Brasil, como o Leatherfaces, Madhouser, Devil on Earth, Violator,
Comando Nuclear, Farscape, Licantropos, Apokalyptic Raids, Disgrace and Terror,
Corpse Grinder, Anarkhon, Mortage, e muitas e muitas outras. A gente não
conseguiu ainda a oportunidade de fazer muitos shows, e só temos marcado dia 8
de Dezembro (a entrevista foi realizada antes do evento) no Plebe Rock bar em Indaiatuba,
com as bandas Maldittu e The Grief.
Sei que no momento estão divulgando
o debut, mas há alguma novidade sobre um próximo trabalho da banda?
Agressor:
Sim, como nosso debut foi formado por músicas mais antigas, já tenho várias
composições feitas, da qual cinco delas, já pegamos entra a banda toda, e
estamos trabalhando em outras pra fechar mais um trabalho. Creio que ano que
vem já entremos em estúdio e investiremos em fazer um trampo ainda melhor, mais
bem produzido e cheio de composições fortes, vamos dar o sangue!
Podem deixar uma mensagem aos
leitores.
Agressor:
Muito obrigado aos leitores do Arte Metal, por dedicar seu tempo lendo sobre
nosso trabalho, quem se interessar no nosso trabalho pode entrar em contato no
facebook: www.facebook.com/metalizermetal,
ou pelo email: Metalizer_thrash@hotmail.com.
Mais uma vez obrigado pelo espaço cedido e um grande abraço a todos!
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