Que o Death Metal
brasileiro é um dos melhores do mundo e blá, blá, blá todo mundo sabe. Aliás,
não é a primeira vez que menciono isso em uma resenha, portanto, é chover no
molhado. Mas que é sempre bom ouvir um trabalho de uma banda que tem
conhecimento de causa, isso é fato.
Estes cariocas surgiram
em 2004 das cinzas do Devoration e este é apenas o primeiro registro dos caras.
Tudo que um bom disco de Death Metal pede está presente em “Meaning Of Death”,
ou seja, peso, agressividade, variação rítmica e temas típicos do estilo.
Riffs mórbidos dão a
carga necessária às composições, sendo que o espaço para solos é quase nulo,
sobrando mais para algumas bases soladas de forma até que simples. Tudo a cargo
de Carlos Alberto que utilizou um timbre muito bom para seu instrumento, dando
a solidez necessária às músicas.
Mantendo uma boa
variação, a cozinha sustenta o peso como deve ser feito. O baterista Robson
Cruz utiliza bem os bumbos duplos fazendo com que o som soe agressivo mesmo nas
partes mais cadenciadas. Enquanto isso, o baixista Eddie Valentino mete os
dedos nas quatro cordas fazendo com que a sonoridade fique a mais densa
possível.
O vocalista Joab Farias
se utiliza de um vocal gutural cavernoso quase monocórdio, na escola de mestres
como Chris Barnes (Six Feet Under) e George ‘Corpsegrider’ (Cannibal Corpse). Destaque
para as faixas In Times of the End e Meaning of Death, além do bom cover para
The Philosopher, do Death, que ficou
característico e contou com a participação de Matt, Igor e Diego da banda
Victims Of War.
8,5
Vitor
Franceschini
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