Tendo em sua linha de
frente duas guerreiras do Metal nacional, a dupla Flávia Morniëtári (vocal) e
Mirella Max (guitarra), a HellArise atualmente conseguiu atingir o valor
estipulado pela Catarse (site de financiamento coletivo) para o lançamento do
EP “Functional Disorder” (2013). Lançado anteriormente de forma virtual, o
trabalho superou as expectativas e mostrou uma banda ainda mais agressiva e
determinada. Completada por Kito Vallim (baixo) e Felippe Max (bateria), a
HellArise agora busca alçar voos mais altos e atingir seu ápice. Falamos com
Mirella e Flávia, que sem ‘embromação’ explicaram tudo que envolve “Functional
Disorder” e muito mais.
“Functional Disorder” foi lançado
inicialmente somente de forma digital. Recentemente o álbum foi aprovado pela
Catarse (site de financiamento coletivo) para ser lançado no formato físico.
Desde que lançaram o trabalho, já pensavam em lançar o trabalho em versão
física um dia, mesmo não sendo com o financiamento coletivo?
Mirella:
Sim, definitivamente! Só não sabíamos como faríamos, na época.
Como foi ver o apoio dos fãs neste
projeto que, apesar de vir crescendo no país, ainda é visto como ousado por
muitos?
Mirella:
É muito gratificante ver que as pessoas apoiam a banda e apreciam o nosso trabalho.
De certa forma, foi um projeto ambicioso, com uma quantia alta pra ser atingida
em muito pouco tempo. Então não poderíamos estar mais felizes com o resultado.
Indo para o lado musical do EP,
“Functional Disorder” mostra a banda mais agressiva que na demo “Human
Disgrace” (2010). Vocês concordam?
Mirella:
Sim, definitivamente! Eu e a Flávia tendemos a pender para o lado mais “pé na
porta” da coisa, e como só havia sobrado a gente na banda, as músicas não
poderiam ter saído de forma diferente. (risos)
Essa maior agressividade foi
intencional? Além disso, qual a principal diferença que vocês veem entre o EP e
a demo anterior?
Mirella:
Acho que foi mais instintiva do que intencional. Pra mim, a principal diferença
entre os dois trabalhos, é que dessa vez, como sou eu que estou na guitarra,
tive mais liberdade pra compor do meu jeito, sem interferência de terceiros
nesse quesito. E claro, as composições evoluíram muito com as experiências
ganhas desde então. Três anos é bastante coisa, e certamente aprendemos muito
nesse intervalo de tempo.
Essa agressividade se mostra
principalmente nos riffs de guitarra.
Mirella:
É, eu sou uma pessoa meio estúpida. (risos)
Outro fator que chama atenção são
os vocais de Flávia, que também estão mais ‘nervosos’ que anteriormente. Mas
isso não se resume apenas a isso. É interessante notar que mesmo com a
agressividade do vocal, o timbre de Flávia não perde a feminilidade, fato raro
hoje em dia. O que pode nos falar a respeito?
Flávia:
Com o passar do tempo, e depois de muito estudo e pesquisa, acabei
desenvolvendo a minha própria forma de cantar. Criei uma identidade vocal,
mesmo por ser a forma mais confortável de cantar pra mim.
A faixa More Mindless Violence foi lançada como single antes do EP e também
virou vídeo clipe. Por que escolheram-na como música de trabalho e como foi
gravar o vídeo?
Flávia:
A história dessa música é engraçada: eu cismei que eu ia escrever uma música
com esse nome, e anos depois isso acabou acontecendo, e colocamos a ideia em
prática. Usamos ela como single por ser uma música mais direta e de fácil
assimilação.
E como o trabalho repercutiu
enquanto era apenas virtual? Houve resposta de algum país estrangeiro
especificamente?
Flávia:
Houve resposta sim, mas de vários lugares. Tanto houve procura pelo material
que tivemos que ir atrás da versão física.
E como está os planos para o
lançamento do debut? Podem adiantar algo?
Mirella:
Fechando esse ciclo, começaremos finalmente a compor músicas novas, e como
queremos fazer algo mais elaborado e bem produzido, ainda não temos previsão de
lançamento. Temos muitas ideias mirabolantes que queremos tirar do papel, mas
isso leva tempo e trabalho. Só posso adiantar que, novamente, faremos algo
diferente do que já fizemos.
Como está a agenda de shows para 2014?
Mirella: Temos
já duas datas confirmadas pra abril e maio, e mais algumas outras pra
confirmar. A agenda está aberta pra quem tiver interesse de chamar pra algum
evento.
Muito obrigado pela entrevista.
Podem deixar uma mensagem para nossos leitores!
Mirella:
Primeiramente agradeço o espaço cedido pelo Arte Metal, e queria também deixar
um grande obrigado a todos os que apoiam a banda. Sei que é clichê falar isso,
mas sem esse apoio não teríamos chegado aqui!
Nenhum comentário:
Postar um comentário