Impressionante como tem
surgido guitarristas lançando CD´s solos no Brasil e, mais surpreendente ainda,
é a distinção de estilos que muitos deles vêm mostrando, o que prova que temos
músicos de qualidade por aqui. Com o goiano Wagner Gracciano não é diferente.
O guitarrista, somente
pelo seu histórico que conta com graduação e passagem por diversos gêneros
musicais – onde o Jazz sempre foi mais forte – mostra um talento incomum e uma
abrangência infinita de elementos em suas composições. Virtuose se une a
simplicidade, que dá espaço à pura técnica e que possui uma melodia cativante.
As composições possuem
passagens que vão desde o Heavy Metal, passando pelo Rock, Progressivo, Jazz,
Fusion, Erudito e até Lounge Music. Algumas composições como Act III – The Government of Evil and the
Birth of the Good (que faz parte de uma peça de quatro atos) mostra muito
peso e melodia, com riffs carregados e solos memoráveis.
As
A Prayer é uma viajante balada com cara de Blues, típica de
uma trilha sonora de filme romântico. É impressionante os arranjos dessa canção
que conta com belos arranjos vocais. Chaotic
World é outra belíssima composição onde o sax encaixado caiu como uma luva.
Há muita coisa pra se
explicar neste belíssimo trabalho, abrangente e de ótimo bom gosto. E o
interessante é o espaço que Wagner dá aos seus músicos de apoio, pois a
participação dos mesmos não se restringe em apenas abrir alas para o guitarrista,
mas sim complementar as músicas do álbum. Ótimo disco!
8,5
Vitor
Franceschini
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