Mesmo
com duas pausas que intercederam a carreira, os dinamarqueses do Artillery
estão há mais de 30 anos na estrada e lançaram 7 álbuns de estúdios, além de
diversos trabalhos em outros formatos. Atualmente a banda vem divulgando o
álbum “Legions” que, além de contar com a estreia do novo vocalista Michael
Bastholm Dahl, traz uma banda mais melódica e aberta a estilos mais ‘leves’ do
Metal, fato que não ocorria desde “By Inheritance” (1990). Conversamos com um
dos fundadores da banda, o guitarrista Michael Stützer, que ao lado de seu
irmão Morten Stützer (guitarra), Peter Thorslund (baixo) e Josua Madsen
(bateria) – além do já citado vocalista – vêm mantendo o legado dessa lenda do
Thrash Metal europeu.
“Legions” é o sétimo lançamento de
estúdio do Artillery (se contarmos demos, compilações, singles e DVD são mais
de 20 lançamentos). Tudo isso em meio a duas pausas. Caso não houvesse essas
pausas, o Artillery teria ido ainda mais longe? Afinal, a banda se mostra muito
prolífica.
Michael Stützer:
Sim, definitivamente tivemos a chance de dar mais um passo adiante, e como pode
ver, conseguimos manter essa sequência. Então, nunca é tarde demais e vivemos
um bom momento agora.
Desde os três primeiros discos da
banda vocês não mantinham uma sequência de lançar álbuns como agora. Como foi o
processo de composição de “Legions”?
Michael:
Não foi muito diferente do que costumamos fazer. Houve um pouco mais de pressão
devido à difícil turnê. Mas Morten ou eu vinha com os riffs, enquanto Michael Bastholm
vinha com as letras. Nós todos fizemos os arranjos na sala de ensaio antes de
entrar em estúdio. Acho que isso fez com que “Legions” soasse atual até então.
Michael Stützer |
O novo trabalho traz uma veia mais
melódica nas composições chegando a lembrar “By Inheritance” (1990). Você
concorda?
Michael:
Sim, mas não foi algo que tentamos fazer, isso soou natural e honesto desde
quando iniciamos o processo de composição.
Mesmo assim é nítido o trabalho
característico de guitarras, que está presente em todos os álbuns da banda.
Michael:
Sim, acho que o trabalho de guitarras é típico e se tornou uma espécie de
característica do Artillery. Nós realmente apreciamos que os fãs possam ouvir
isso.
A agressividade do Thrash Metal
também se mantém. Mas é evidente que em “Legions” o Artillery abriu um pouco
seu leque e deixou influências de Heavy Metal e até Hard Rock, concorda?
Michael:
Acho que sempre tivemos esses elementos em nossa música, mas a voz de Michael
fez com que isso ficasse mais evidente.
Aliás, acredito que isso se deva a
entrada do vocalista Michael Bastholm Dahl que possui um vocal versátil. Como
surgiu a oportunidade de Michael juntar-se à banda e como foi trabalhar com
ele?
Michael:
Ele chegou muito calmo e mente aberta para trabalhar conosco, além de trazer
boas e novas ideias para a banda.
Aliás, Søren Adamsen gravou os dois
discos anteriores e parecia estar encaixado na banda. O que ocasionou a saída
dele?
Michael:
Søren queria seguir outro direcionamento musical e acabou deixando a banda. Nós
ainda somos amigos.
Qual a principal diferença você vê
em “Legions” em relação aos dois álbuns anteriores?
Michael:
Acho que a produção melhorou, as composições melhoraram, além das linhas serem
as melhores desde “By Inheritance”. “Legions” é muito atual.
“Legions” está sendo distribuído no
Brasil pelo selo Shinigami Records. Como é ter mais um trabalho lançado em
nosso país?
Michael:
Gostaríamos que todos nossos álbuns fossem lançados na América do Sul e
principalmente no Brasil, e vamos trabalhar definitivamente para que isso
aconteça.
Como está a agenda da banda? Há
alguma possibilidade de se apresentarem por aqui durante a nova turnê?
Michael: Sim,
voltaremos ao Brasil mais uma vez e tivemos um ótimo momento passando por aí em
2012 quando tocamos em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte com o Exumer.
Talvez voltaremos já no final de 2014.
O Artillery é um dos grandes nomes
do Thrash Metal europeu e viveu a época mágica do estilo. Nos últimos anos, o
Thrash Metal retornou com força total e uma avalanche de bandas surgiu
ultimamente. O que você pensa a respeito?
Michael:
Eu acho isso ótimo e algumas bandas recém-chegadas atingiram a cena e isso
parece crescer ainda mais a todo o momento. Então, o futuro parece muito
brilhante para o Thrash Metal e para o Artillery.
Muito obrigado, foi um prazer
entrevistar vocês. Este espaço é para que deixem uma mensagem aos fãs
brasileiros.
Michael: Olá
‘metalheads’ do Brasil, muito obrigado pelo apoio, junte-se a “Legions” e nos
veremos em breve na estrada. Saudações de Michael Stützer!
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