quinta-feira, 27 de março de 2014

Entrevista



Mesmo com duas pausas que intercederam a carreira, os dinamarqueses do Artillery estão há mais de 30 anos na estrada e lançaram 7 álbuns de estúdios, além de diversos trabalhos em outros formatos. Atualmente a banda vem divulgando o álbum “Legions” que, além de contar com a estreia do novo vocalista Michael Bastholm Dahl, traz uma banda mais melódica e aberta a estilos mais ‘leves’ do Metal, fato que não ocorria desde “By Inheritance” (1990). Conversamos com um dos fundadores da banda, o guitarrista Michael Stützer, que ao lado de seu irmão Morten Stützer (guitarra), Peter Thorslund (baixo) e Josua Madsen (bateria) – além do já citado vocalista – vêm mantendo o legado dessa lenda do Thrash Metal europeu.

“Legions” é o sétimo lançamento de estúdio do Artillery (se contarmos demos, compilações, singles e DVD são mais de 20 lançamentos). Tudo isso em meio a duas pausas. Caso não houvesse essas pausas, o Artillery teria ido ainda mais longe? Afinal, a banda se mostra muito prolífica.
Michael Stützer: Sim, definitivamente tivemos a chance de dar mais um passo adiante, e como pode ver, conseguimos manter essa sequência. Então, nunca é tarde demais e vivemos um bom momento agora.


Desde os três primeiros discos da banda vocês não mantinham uma sequência de lançar álbuns como agora. Como foi o processo de composição de “Legions”?
Michael: Não foi muito diferente do que costumamos fazer. Houve um pouco mais de pressão devido à difícil turnê. Mas Morten ou eu vinha com os riffs, enquanto Michael Bastholm vinha com as letras. Nós todos fizemos os arranjos na sala de ensaio antes de entrar em estúdio. Acho que isso fez com que “Legions” soasse atual até então.

Michael Stützer

O novo trabalho traz uma veia mais melódica nas composições chegando a lembrar “By Inheritance” (1990). Você concorda?
Michael: Sim, mas não foi algo que tentamos fazer, isso soou natural e honesto desde quando iniciamos o processo de composição.


Mesmo assim é nítido o trabalho característico de guitarras, que está presente em todos os álbuns da banda.
Michael: Sim, acho que o trabalho de guitarras é típico e se tornou uma espécie de característica do Artillery. Nós realmente apreciamos que os fãs possam ouvir isso.


A agressividade do Thrash Metal também se mantém. Mas é evidente que em “Legions” o Artillery abriu um pouco seu leque e deixou influências de Heavy Metal e até Hard Rock, concorda?
Michael: Acho que sempre tivemos esses elementos em nossa música, mas a voz de Michael fez com que isso ficasse mais evidente.



Aliás, acredito que isso se deva a entrada do vocalista Michael Bastholm Dahl que possui um vocal versátil. Como surgiu a oportunidade de Michael juntar-se à banda e como foi trabalhar com ele?
Michael: Ele chegou muito calmo e mente aberta para trabalhar conosco, além de trazer boas e novas ideias para a banda.



Aliás, Søren Adamsen gravou os dois discos anteriores e parecia estar encaixado na banda. O que ocasionou a saída dele?
Michael: Søren queria seguir outro direcionamento musical e acabou deixando a banda. Nós ainda somos amigos.


Qual a principal diferença você vê em “Legions” em relação aos dois álbuns anteriores?
Michael: Acho que a produção melhorou, as composições melhoraram, além das linhas serem as melhores desde “By Inheritance”. “Legions” é muito atual.


“Legions” está sendo distribuído no Brasil pelo selo Shinigami Records. Como é ter mais um trabalho lançado em nosso país?
Michael: Gostaríamos que todos nossos álbuns fossem lançados na América do Sul e principalmente no Brasil, e vamos trabalhar definitivamente para que isso aconteça.


Como está a agenda da banda? Há alguma possibilidade de se apresentarem por aqui durante a nova turnê?
Michael: Sim, voltaremos ao Brasil mais uma vez e tivemos um ótimo momento passando por aí em 2012 quando tocamos em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte com o Exumer. Talvez voltaremos já no final de 2014.


O Artillery é um dos grandes nomes do Thrash Metal europeu e viveu a época mágica do estilo. Nos últimos anos, o Thrash Metal retornou com força total e uma avalanche de bandas surgiu ultimamente. O que você pensa a respeito?
Michael: Eu acho isso ótimo e algumas bandas recém-chegadas atingiram a cena e isso parece crescer ainda mais a todo o momento. Então, o futuro parece muito brilhante para o Thrash Metal e para o Artillery.


Muito obrigado, foi um prazer entrevistar vocês. Este espaço é para que deixem uma mensagem aos fãs brasileiros.
Michael: Olá ‘metalheads’ do Brasil, muito obrigado pelo apoio, junte-se a “Legions” e nos veremos em breve na estrada. Saudações de Michael Stützer!



Nenhum comentário:

Postar um comentário