O Skin Culture é aquele
tipo de banda nacional com cara de gringa. Não, não veja pelo lado pejorativo,
há muitas bandas nacionais que possuem extremo profissionalismo, mas ao mesmo
tempo é pega pela preguiça típica brasileira e não investe firme no conceito
compor, lançar e fazer shows.
O quinteto investe
forte nisto, tanto que já está no seu terceiro álbum e já tocou ao lado de
nomes como Sepultura, Korn, Ill Nino , P.O.D., Soulfly , Chimaira e Born Of
Osiris em menos de 10 anos de carreira, sem esquecer que lançaram um DVD
documentário a respeito da banda.
“The Flames Still Burns
Strong” mostra uma banda tinindo e furiosa. Se você aprecia os gêneros mais
modernos do Metal, tais como o Groove Metal, Metalcore e o Thrash Metal
noventista o Skin Culture é a sua Disneylândia. Nuances de Hardcore ainda são
incorporadas à sonoridade aqui encontrada.
Levemos em conta a
fúria das guitarras que estão tão carregadas que podem colocar o seu tímpano em
risco. As linhas de baixo só fazem com que este fato se comprove (não ouse
ouvir no fone – lógico que é brincadeira) e a bateria demonstra uma fúria fora
do comum com interessantes levadas. Tudo com os vocais urrados da forma mais ‘desgracenta’
possível.
Como se isso não
bastasse ainda há participações de nomes como Desi Hyson (The Original Waillers
- banda do Bob Marley), Marcello Pompeu (Korzus), Fabricio Ravelli (Imbyra),
Luciano Vassan (tamuya Thrash) e Emi Rojas (Desierto Gris) que deram uma
riqueza ainda maior ao trabalho.
A produção de Raul
Dipeas e do próprio vocalista Shucky Miranda está soberba, sendo que a
masterização ficou a cargo de Brendan Duffey no Norcal Studio. Destaque para Set
Me Free, For the Same Hell as Before, a ousada que inclui uma levada reagge
One Tribe, One Soul, One God e First For Hunting. Bom, agora vou ali
respirar.
8,5
Vitor Franceschini
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