Surpreendente o
primeiro trabalho destes portugueses de Guimarães. Fundada em 2011, o trio
havia lançado apenas o EP “Beneth The Scars” em 2012 e agora estreia
oficialmente com este trabalho que leva o singelo nome de “Cerebral
Mutilation”.
Pela capa e nome do
disco logo imaginamos algo voltado para o Splatter/Gore, porém, é um ledo
engano. A brutalidade aqui caminha pelos trilhos do Death Metal mesmo,
principalmente quando a denominação leva o termo brutal em sua composição. A
temática abrange diversos aspectos, principalmente a mente doentia humana.
Destacando
primeiramente o trabalho da guitarra, executado pelo também vocalista Vitor
Lopes. Os riffs soam insanos e agressivos, lembrando o que Deicide apresentou
em “Serpents Of The Light” (1997), ou seja, há uma pegada Grind nisso tudo, mas
executado com mais versatilidade e variação.
Aliás, Vitor tem um
timbre parecido com o de Glen Benton e Alex Camargo (Krisiun), ressaltando que,
apesar destas influências, a sonoridade do Skinning possui uma característica
própria. O baixo de Baal Roi faz o chão tremer com linhas diretas e nervosas
que não dão descanso.
Mas, individualmente, o
destaque principal sem sombras de dúvidas é o baterista Luís Barroso. Desumana,
assim pode ser definida a precisão e velocidade que o cara demonstra em seu
instrumento. Os ‘blast beats’ são verdadeiras britadeiras e as quebradas
exploram de forma magistral os bumbos duplos. Intenso!
A produção do trabalho
é boa, e deixou apenas a bateria um pouco estridente, o que não é um cisco
perto da qualidade do disco, mas é sempre bom ressaltar. Destaque para Without
Glory, I´m Still Victorious e Infested
Land Of Mutilated Corpses, mas na boa? Melhor ouvir tudo. Belíssimo
trabalho!
8,5
Vitor Franceschini
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