Fico imaginando se no
auge do Thrash Metal na década de 80, bandas clássicas (pode incluir aí o
próprio Death Angel) tivessem toda essa tecnologia que a maioria desfruta hoje,
inclusive as antigas que retornaram. O negócio ia ser matador, mas,
convenhamos, todo o charme da ‘tosqueira’ iria por água abaixo.
O sétimo disco do Death
Angel pode sim ser considerado um dos melhores lançamentos de 2013. É coeso,
consistente, empolgante e, principalmente, muito bem produzido. Jamais
cometeria a injustiça de compará-lo com os clássicos da banda, mas é inegável
que estamos diante de um dos melhores novos trabalhos da velha guarda do Thrash
Metal.
O que podemos dizer do
fenomenal trabalho de guitarras do líder e fundador Rob Cavestany e de Ted
Aguilar (que está com a banda desde o retorno em 2001)? Riffs matadores
despejados a esmo dão base para solos memoráveis com melodias na medida certa,
enfim, um baita de um ‘trampo’!
A cozinha não fica
atrás e dá um dinamismo incrível às composições, o que se evidencia desde a
primeira faixa Left For Dead. Cast Of Shame e Empty são uma aula de técnica, porém não só elas merecem destaque
já que quase todas empolga. Tudo mantendo a característica da banda com o
vocalista Mark Osegueda gritando como nunca.
Não dá pra imaginar
como seriam os clássicos com essa roupagem, já que foram eternizados daquela
forma e sempre é um risco regravá-los. Mas que as bandas clássicas do estilo
põem muita molecada no chinelo em termos de energia põem, afinal a questão do
talento seria covardia discutir. Primordial.
8,5
Vitor
Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário