Os paraibanos do
Soturnus iniciaram sua trajetória em 2000 investindo em um autêntico Gothic
Metal e, conforme foram amadurecendo, seu som adquiriu mais peso ao adicionar
elementos do Black e do Death Metal em suas composições.
“Of Everything That
Hurts” é o segundo álbum da banda e já mostra esses novos elementos, mesmo
ficando evidente que a banda mantém a aura soturna (sem trocadilhos, por
favor), além de passagens melancólicas. As temáticas também se mantêm, sendo
que continua abordando em suas letras temas como sentimentos, dor e morte.
O primeiro destaque é
ótimo trabalho de guitarras. Timbres muito bem escolhidos e solos melodiosos
diferenciados é a base das músicas, mostrando um lado agressivo e sentimental
ao mesmo tempo. A cozinha e seu andamento intricado é um show a parte e mostra
versatilidade.
A alternância entre
vocais guturais e limpos (graves masculinos) praticado pela banda deveria ser
obrigatório no estilo, pois soam muito bem e o contraste é quase que perfeito.
Tudo com uma produção de primeira que ficou a cargo do guitarrista Andrei
Targino e Victor Hugo Targino.
Destaque para I
Wish I Knew, The Shame Within, Of Everything That Hurts, Empty Man e Another Lonely Day. Não
bastasse a parte musical ser excelente, o disco ainda vem embalado por uma
grandiosa e bela arte a cargo de Gustavo Sazes. Às almas mais obscuras e de bom
gosto.
9,0
Vitor
Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário