O Symphony Draconis é
mais uma banda que endossa o fato de o Brasil contar com ótimos nomes no Black
Metal. Não tão conhecida do público (por enquanto), o quinteto gaúcho capricha
desde o visual de seus músicos, passando pela arte gráfica e, o mais
importante, em sua sonoridade.
Já no primeiro acorde
de Transcending the Ways of Slavery,
que abre o disco, fica evidente que estamos diante de uma formação competentíssima
e que entende muito do assunto. O mais importante é que o primeiro impacto não
é o que fica, já que as faixas que vem depois mantêm a pegada.
A sonoridade é de
extremo bom gosto e alia agressividade com técnica magistralmente. As guitarras
despejam riffs típicos e cheios de melodia sem perder o peso, além de solos bem
executados. Algumas leves passagens atmosféricas com dedilhados se encaixaram
perfeitamente ao som, dando um ar obscuro às músicas.
A cozinha dá
sustentação necessária e auxilia a manter o peso em evidência. Tudo tendo os
vocais de Stiemm Nechard que na maioria das vezes é rasgado, mas arrisca uns
guturais quando necessário. As temáticas vão desde temas fantasiosos obscuros
até o caos e a maleficência típica do gênero.
Destaque para a boa
produção, a cargo de Sebastian Carsin e da própria banda, no Hurricane Studi e
pela belíssima arte gráfica que teve cores bem escolhidas que casam
perfeitamente com a proposta. Mais um memorável disco de Black Metal
brasileiro.
8,5
Vitor
Franceschini
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