Desde 2010 na ativa, os
mineiros do Hagbard lançaram uma demo e um single antes de lançar este debut.
Investindo no Folk Metal, a banda evoluiu quase que simultaneamente ao
crescimento do gênero, que é um dos mais cultuados atualmente na Europa e ganha
cada vez mais adeptos no Brasil.
O Hagbard não desfruta
de originalidade, mas segue a cartilha do gênero milimetricamente e tem como
característica o lado mais sério da coisa. Explicando, a banda faz um som que
prioriza o peso das composições, além de possuir um clima mais denso e obscuro,
fugindo dos ‘folks’ alegres e dançantes feitos por grandes nomes do estilo.
Sim, os ritmos são
típicos do Folk, com variações e levadas interessantes, mas não há climas
alegres. Os arranjos de flautas e violinos (este último a cargo de Vinicius
Faza) se fazem presentes e de forma bem encaixada. Mas a ênfase fica por conta
de boas guitarras e uma cozinha eficiente e pesada.
A maior parte
esmagadora de vocais guturais rasgados foi uma excelente escolha e deu ainda
mais seriedade à música da banda. A
participação de Vitória Vasconcellos em Hidden
Tears também foi uma ótima sacada, assim como a inclusão de coros em
algumas composições.
Outro fator a se
ressaltar é que a banda consegue ser objetiva e encaixar todos esses elementos
em faixas com média de quatro minutos. A produção do trabalho também colabora
dando uma sonoridade límpida com os timbres bem equilibrados. Com certeza o
Hagbard é uma grande representante do Folk Metal brasileiro.
8,5
Vitor
Franceschini
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