Ao checar a arte da
capa destes paulistanos da Hazy já imaginei algo voltado para o Power Metal ou
Metal melódico. Ledo engano, já que o quarteto opta por praticar um som mais
pesado e soturno, apesar da melodia encaixada nas quatro composições presentes
neste primeiro registro.
A banda direciona sua
música para os lados do Death Metal, mas sua sonoridade não se resume a isso. O
Metal da morte é o foco principal, mas também há elementos diferenciados como a
melodia já mencionada e certo ‘groove’ nas levadas, mesmo que nada exagerado.
Quando se trata de melodia,
que fique bem claro que não tem nada a ver com aquele contexto das bandas de
Melodic Death Metal, já que a dinâmica apresentada nas composições do Hazy é
diferente. Músicas mais quebradas e com doses extras de peso se distinguem do
comum.
Em algum momento a
banda soa como se o Genocídio tirasse suas influências góticas e colocasse mais
‘groove’ em suas composições. Aliás, os timbres das guitarras lembram bem a
lendária banda ‘brazuca’, sendo que a bateria também segue essa influência e o
baixo é um dos destaques do trabalho.
A boa produção, a cargo
de Marcelo Pompeu e Heros Trench, no Mr. Som Estúdio, colabora muito para o
resultado final do disco e o difícil mesmo é destacar uma das quatro
composições, já que a qualidade ímpar de cada uma segue praticamente no mesmo
nível. Muito bom.
8,0
Vitor
Franceschini
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