Independência de
gravadora hoje em dia pode ser uma injustiça no sentido de apoio ao lançar um
trabalho, mas passa longe de falta de profissionalismo e a liberdade da banda é
total, portanto tem suas vantagens. O Metacrose merece um apoio urgente, afinal
a banda é profissional e este seu primeiro trabalho é um primor.
Desde a concepção
gráfica, a cargo de Edi Guedes, com uma bela arte da capa e do encarte, até a
excelente produção sonora (por conta de Victor Hugo Targino e Metacrose),
passando pelo Death Metal diferenciado da banda, tudo beira à perfeição e a
criatividade dos músicos é o ponto alto.
Afinal temos em mãos um
trabalho variado, ousado e uma banda que une todas as facetas do estilo aliando
a isso melodia e bom gosto, além de belíssimos arranjos. Apesar da brutalidade
das composições, há espaço para a inclusão de flautas, cello, além de passagens
acústicas muito bem encaixadas.
O melhor de tudo: nada
soa excessivo e a essência do Death Metal permanece intacta! É só observar o
peso do ótimo trabalho das guitarras se aliando a solos melódicos (com direito
a participação de Marcus Siepen do Blind Guardian em uma faixa), enquanto a
cozinha enfatiza isso e é responsável pelas ótimas quebradas e variações
rítmicas.
A leve influência de
música brasileira em algumas passagens caiu como uma luva. Destaque para What's Wrong With Killing?, Is This Democracy?,
How Can I Know Who I Am? e Zé do
Caixão (que conta com a participação do próprio). Memorável este debut!
9,0
Vitor Franceschini
Eu tive o prazer de conhecer a banda e prestigiá-los ao vivo. É uma ótima banda e suas músicas são maravilhosas! Ótima crítica, parabéns.
ResponderExcluir