segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Mindpatrol – “Downfall Theatre” – 2013 – Independente (Importado)

Muito bom e prazeroso ver bandas como o Mindpatrol, que procuram fazer seu som investindo naquilo que eles acreditam e não se preocupando em copiar tal banda ou soar de forma clichê para que possam conquistar um mar de fãs ou admiradores. “Downfall Theatre” mostra ser um disco bastante desafiador, pois suas composições são de puro talento e definidas em um estilo bastante próprio e peculiar.

A banda parece não querer se encontrar somente em um Prog Metal ou um Heavy tradicional, pois cada música mostra algo diferente juntamente com o talento individual de cada integrante. Um grande destaque a ser citado é a potência vocal do frontman, conseguindo variar-se sem muito esforço, encaixando bem seus timbres.

As guitarras mostram sincronismo, mas deixa a desejar em algumas passagens e solos que chegam a serem um pouco exagerados, mas o trabalho dos mesmos não são de se deixar de lado. O trabalho da cozinha é algo bastante interessante, feito de forma simples com ótimas marcações e escalas de baixo precisas.

Com uma introdução diferente, por ser um pouco longa A Story From Beyond se emenda a uma excelente música Forever Mine, com uma pegada mais progressiva e arrastada, com um belo dedilhado de guitarra. Golden Light já mostra uma pegada Heavy Metal com vocais agudos contendo um refrão cantado em forma de coro e uma bateria executada com ótimos bumbos. Eclipse é uma outra intro que emenda com To Heaven Again que já mostra uma pegada Hard/Heavy, destaque para o baixo que mostra belas escalas.

The Void é a mais veloz do disco, bastante homogênea e riff’s precisos, o vocal se encontra com certa mudança, mostrando ser mais agressivo e longe do uso de agudos. Cold é uma música um pouco “sombria”, soando quase instrumental, mas pode se escutar algumas frases e murmúrios, uma composição bastante diferente do que é apresentado no disco.

Mostrando realmente ser um disco diferente, Depulsoris Ira muda todo o ambiente quando se inicia com vocais urrados, uma pegada realmente direta e agressiva revelando também um Death Melódico de muita atitude. King Of Existence e Masquerade continuam com a brutalidade iniciada no disco, incluindo alguns efeitos no vocal.

Encerrando, My Final Sin se esbarra em um Black Metal realmente de “raiz”, mostrando realmente como uma banda vai do céu ao inferno, mas de maneira interessante, com um disco. Pra quem curte um som realmente “eclético” em uma banda, essa é a receita.


7,0

Leandro Fernandes




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