Onze anos após sua
fundação e sete após seu último registro, a demo “High Destuction” (2007), os
mineiros da Venereal Sickness chegam ao tão sonhado debut. Formado atualmente
por Kim (vocal/guitarra), Junior (baixo) e Neto (bateria), o trio se envereda
pelos caminhos do Death Metal ‘old school’.
Se utilizando de
temáticas que abordam toda hipocrisia social e a manipulação midiática (como o
próprio nome do trabalho denuncia), o grupo destila mórbidos riffs de guitarra,
com solos curtos – típicos do estilo -, além de uma boa variação rítmica
comandada pela cozinha. Kim urra na linha tradicional dos guturais do estilo e
fica entre o inteligível e ininteligível, se isso é possível.
É predominante a aura
‘old school’ do trabalho, trazendo à tona certa nostalgia e influências de
nomes como Benediction, Bolt Thrower e Gorefest, além das próprias
características que demonstram uma homeopática dose de Thrash Metal e a típica
pegada mineira. Tudo bem coeso.
Difícil mesmo é
destacar uma composição, mas posso mencionar Useless Commanders, Feeling My Fury e Screens of Lies como grandes destaques do trabalho. O álbum ainda
conta com duas faixas bônus da demo mencionada no início da resenha, o que
ajuda a mostrar a evolução da banda nestes últimos sete anos.
A produção, a cargo de
Fucker (Sanatório, Ódio) e da própria banda, no Studio Attack varia de
qualidade, mas não tira o brilho, afinal não soa ruim em momento algum. Se o
leitor é um grande apreciador do Death Metal genuíno e com a pegada das bandas
mineiras do estilo, eis uma boa pedida.
8,0
Vitor
Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário