Desde o lançamento do
debut “Overcoming Limits” (2011) muitas coisas aconteceram no Age of Artemis,
principalmente com o vocalista Alírio Netto. Desde boatos em ingressar como ‘frontman’
do Angra até participar da versão brasileira do musical Jesus Cristo Superstar
(ao lado de Igor Rickli e Negra Li), colocaram bastante o nome do cantor em
pauta.
Tudo parecia ter
deixado o Age of Artemis de lado, até que a banda aparece com este “The Waking
Hour” mostrando uma evolução impressionante em relação ao primeiro disco, além
de um amadurecimento natural e que o quinteto só estava ‘se fingindo de morto,
para... enfim’.
Desde a parte
instrumental e sua mistura de Power com Prog Metal, passando pelos arranjos
intrincados e encaixados na medida certa, até os vocais de Alírio que aqui
prova que é sim um dos melhores do estilo no Brasil e talvez o mais versátil da
atualidade, tudo soa equilibrado.
Desde as guitarras de Gabriel
"T-Bone" Soto e Nathan Grego, com bons riffs e solos bem elaborados,
até a cozinha de Giovanni e Pedro Sena com uma coesão perfeita, servindo de
estrutura básica para as composições. Alírio une agressividade e sutileza como
poucos, variando bastante seu timbre.
Após a introdução Penance, a trinca inicial é soberba! Under the Sun é um hit certo e o flerte
com a música brasileira na inclusão de tamborins na percussão foi uma ótima
sacada (flertes que retornam na faixa Childhood),
sendo que Broken Bridges mantém a
energia e a faixa título é um Prog agressivo com quebradas excelentes.
Hanger
and Shame, a balada Your
Smile, trazendo facetas da MPB, New
Revolution e a bônus Take Me Home
(retirada do primeiro álbum) em versão piano, também merecem menção. A
primorosa produção colaborou muito com a sonoridade da banda e a arte da capa é
de tirar o chapéu. Sem dúvidas um dos melhores álbuns do ano.
9,0
Vitor
Franceschini
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