sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Entrevista



Após dezesseis anos de carreira, os patrícios do Humanart finalmente lançaram seu primeiro full-lenght. Sathronus (vocal), JJ e Fareal (guitarras), Izmit (bateria) e Ram (baixo), conseguiram resumir em seu primeiro trabalho tudo que os influenciaram e o que moldaram durantes trabalhos prévios. Conversamos com o fundador JJ que falou sobre este e outros assuntos.


O Humanart surgiu em 1998, ou seja, há 16 anos. Por que demoraram tanto para lançar o primeiro álbum?
JJ: Durante estes anos editamos dois MCD`s (“Fossil” 2000 e “Hymn Obscura” 2004) e uma Tape (“X Years of Black Crusade” 2008) comemorativa dos 10 anos de carreira. Algumas mudanças de formação provocaram atrasos e só agora encontramos disponibilidade geral para avançar para algo em maior escala (álbum “Lightbringer”).


E como foi o processo de composição de “Lightbringer”? De quando datam as composições existentes no álbum?
JJ: A maioria dos temas remonta aos últimos 4 anos de trabalho, a música mais antiga é 1143, tema já com bastante tempo mas nunca gravado antes e que levou uma atualização instrumental, lírica e de nomenclatura (antigo: Portugal).




Em “Lightbringer” a banda consegue fazer um som variado e que consegue remeter a ícones tanto da Escandinávia como nomes como Hellhammer/Celtic Frost (no instrumental) e continuar soando característico. Vocês concordam? Fale-nos um pouco a respeito disso.
JJ: Essa descrição resume tudo e de forma fiel, os gostos da banda abrangem as várias ondas do Black Metal desde os anos 80, com maior foco no que foi e é feito em países como Noruega e Suécia, sem procurarmos uma cópia óbvia mas antes um som muito próprio não renegando no entanto as nossas inspirações.


Além disso, o Humanart consegue manter seu som atual mesmo demonstrando claramente as influências enraizadas do Black Metal. Isso é algo que vocês propõem ou flui naturalmente?
JJ: É algo que definiu a banda desde o início, adoramos este estilo musical e somos verdadeiros fãs de uma série de bandas que com certeza nos marcaram musicalmente, desde Venom e Celtic Frost até Dark Throne, Dark Funeral, Marduk, Mayhem, Carpathian Forest, Infernal War, Dissection, Watain, e muitos outros. São camisas que vestimos com orgulho enquanto procuramos dar um cunho pessoal a tudo o que fazemos, o que no nosso ponto de vista será sempre um trunfo.


Outro ponto forte nas composições são as alternâncias de ritmo. Isso também foi algo que a banda procurou fazer?
JJ: Já com mais de 20 anos a colecionar discos e a seguir a “cena” do Metal nacional (português) e internacional, conseguimos se calhar um léxico mais alargado que nos permite dar a cada tema uma personalidade própria e variada, o que é muito mais interessante do que o mero repetir de fórmulas em dezenas de temas e edicções saturantes.


A arte da capa do disco é belíssima e ficou a cargo de André Macedo. Conte-nos como foi o desenvolvimento deste trabalho e a parceria com André.
JJ: A foto principal foi criada pela banda em parceria com a fotógrafa MBVP, bem como as do interior do booklet, o André foi o designer que ajudou a montar o puzzle e o excelente resultado final derivou do trabalho de toda esta equipe que soube trabalhar com coesão e bom gosto.




Como tem sido a repercussão de “Lightbringer” até então? Vocês têm obtido resposta fora de Portugal? No Brasil, por exemplo?
JJ: Temos tido boas críticas em vários países extra-Portugal onde se incluem o Brasil, México, Irlanda, Noruega, França, etc... Para os quais fazemos vendas diretas. Estamos a negociar licenciamentos exclusívos do álbum para todo o mundo, por isso deixo desde já a mensagem a quem estiver interessado em representar Humanart editando no seu país de origem pode contactar o email da banda: humanartband@gmail.com.


E como anda a agenda de shows? Há algum contato que possa trazer a banda para terras brasileiras?
JJ: Até então temos tocado em Portugal e Espanha, temos em vista para breve concertos na Bélgica, Irlanda e Brasil, tudo dependerá de estarem reunidas as condições mínimas para suportar essas intenções. Específicamente para o Brasil gostaríamos de algo que incluisse a banda Pentacrostic (Brasil) onde está um amigo da minha juventude (um grande abraço Jaime!).


E quais os planos de divulgação de “Lightbringer”? A banda já possui algo novo (videoclipe) que possa nos adiantar?
JJ: De momento está a ser preparado o videoclipe de um tema do novo álbum que esperamos ter pronto na segunda metade deste ano, e que o Arte Metal receberá em primeiríssima mão.


Muito obrigado. Deixem uma mensagem aos brasileiros.
Obrigado pelo apoio e espero que seja possível tocar ao vivo aí em breve, o Humanart tem letras em Inglês, Latim e Português, por isso vocês nos entenderão melhor do que ninguém. Abraço ao staff do Arte Metal e parabéns pelo excelente trabalho.



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