A mistura que hoje em
dia é produzida entre as vertentes do Metal podem ser benéficas ou realmente
maléficas. Sabendo produzir o som com mesclas sem exageros, a banda alcançará
um público fiel e dedicado, nesse caso podemos encaixar o Guilty as Charged
tranquilamente.
Os belgas conseguiram
fazer um disco realmente desafiador, com uma pegada embasada no Thrash Metal,
mas que ao mesmo tempo o flerte com Power Metal é realmente evidente. Tudo isso
se deve ao grande talento dos músicos e principalmente das cordas vocais de Jan
De Vuyssere, que é de uma versatilidade realmente incrível. O que chama muito a
atenção no disco são os riffs que foram produzidos com bastante velocidade e um
ritmo cativante, fato que também podemos destacar com a sutileza da cozinha que
se consiste em uma bateria muito técnica e veloz, grande destaque para os
pedais de Matthew Vandenberghe, mostrando muita coordenação e ritmo.
As oito faixas
apresentadas aqui exibem a mesma pegada e sem variar ou cair o nível, mantendo
sempre a proposta inicial evidente. O som está longe de ser algo que deixa a
desejar ou cansativo de forma que se possa escutar o disco apenas uma vez e
esquecê-lo na gaveta, a prova disso fica com o cartão de visitas Preach to the Masses, veloz e um riff
atrás do outro sem economizar as cordas da guitarra. Last Chance é cadenciada com belas rítmicas de guitarra e um refrão
grudento.
Com um belo trabalho de
início no baixo emendado com um curto solo Leap
of Faith, que batiza o álbum, é porosa e empolgante, o vocal está marcante
e bem técnico também. Chegando a lembrar algumas fases do Metallica, I'll Never... é um pouco arrastada e
básica, mas bem interessante. Lone Wolf
é uma rifferama atrás da outra, ao contrário de Elysium que é uma semi balada instrumental, com um belo trabalho
das guitarras e bem ‘old school’. Enfim, temos aqui um trabalho realmente de
qualidade e de bom agrado, a diversão aqui é garantida, pois terá que ter um
bom pescoço pra segurar a cabeça no lugar.
8,0
Leandro
Fernandes
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