Muitas bandas
(nacionais ou não) que apostam no Black Metal, e tem tanto ideologia quanto
visual extremista, deveriam ter o Heia como exemplo. Afinal, o trio goiano
adota tanto o extremismo ideológico quanto visual, mas se preocupa com a
sonoridade e qualidade de sua música, coisa que poucos grupos semelhantes
fazem.
O som da banda é
cativante e possui a chama autêntica do Black Metal nacional, possuindo
características próprias. O trabalho de guitarras é muito bom, onde é destilado
riffs característicos e os solos aparecem somente em momentos necessários.
A cozinha não segue a
linha reta que o estilo propõe e dá ritmos variados às músicas dando mais um
diferencial à música da banda. Destaque para as potentes linhas de baixo. À
frente vocais rasgados que desbravam letras em português se encaixando muito
bem na proposta da banda.
Os arranjos de teclados
caíram como uma luva e a banda soube dosar na medida certa não deixando seu som
comum e seguir a linha ‘mainstream’ sinfônica do estilo. Tudo com uma boa
produção realizada no estúdio Zero DB tendo a mixagem de Francisco Arnozam.
Destaque para as faixas
Sombras da Imensidão, Ritos Noturnos,
Face do Mau e Sangue no Terreno dos
Cristãos. Ainda há um ótimo cover para Elizabeth
Bathory, do Tormentor. “Ritos Noturnos” ainda conta com a participação de
Mághor do Cheol e Escaravelho do Escaravelho do Diabo. Além de exemplar, um
ótimo disco!
8,5
Vitor
Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário