Meu único lamento é
saber que o Incinerad possui apenas esse trabalho, já que a banda mostra um
talento inegável e percorre os caminhos que só o Death Metal nacional conhece.
Ou seja, aquela aura tradicional do estilo perpetuada no final dos anos 80
início dos 90 que só nós possuímos está retratada em “Pure Domain”.
Na época a banda ainda
era um trio formado por Lauro Nightrealm (vocal/guitarra, ex-Queiron), Flávio
Decaptator (baixo) e Emanuel Kronés (bateria), sendo que os integrantes se
mantêm e contam agora com o guitarrista Ricardo Gore.
A sonoridade mórbida
das guitarras é o ponto chave e a variação rítmica das composições faz o
trabalho soar ainda mais interessante. Cozinha com pegada e os vocais urrados
de Lauro dão o tempero e a essência, resultando em um Death Metal ‘old school’
e de impacto.
Interessante que os
riffs continuam agressivos mesmo nas partes mais cadenciadas, sendo que nos
momentos ‘blast beats’ a banda alia a fúria e rispidez do Black Metal. Aliás, o
Incinerad flerta bastante com o Metal negro, inclusive nas temáticas ateístas e
anti-religião.
Não é clichê, mas é
realmente difícil destacar uma composição entra as quatro que compõem o
trabalho (ainda há uma intro). Ok, Terror
e Pure Domain foram as que mais
me atraíram. Mas a boa notícia é que estão trabalhando em um novo lançamento,
cobraremos!
8,0
Vitor
Franceschini
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