O segundo álbum da
banda fluminense Land of Tears, este “The Ancient Ages of Mankind”, é memorável
e no mínimo empunha a bandeira do Metal extreme nacional, além de honrá-lo com
maestria.
Afinal, trata-se de um
disco abrangente, com variação rítmica e uma pegada digna do Metal feito no
Brasil. Unindo o Death Metal, o Black Metal e o Doom Metal, além de uma aura
épica, a banda destila nove hinos com elegância e a brutalidade necessária, sem
exageros.
Explorando bastante a
variação rítmica, o quarteto mantém um bom equilíbrio e sabe também dosar a
agressividade. Sem extrapolar na velocidade, a banda consegue equalizar essa
agressividade tanto nos momentos rápidos, quanto nos cadenciados, gerando uma
sonoridade muito interessante.
Com um baixo vibrante
de S. Vianna, riffs de guitarras carregados e ótimos solos da dupla Robson
Night Arrow (também vocalista) e Leandro Xsa, a banda possui uma base
excelentíssima que dá bastante espaço para a bateria de Orion Gobath destilar
sua técnica e explorar os pratos de uma forma diferenciada. Os vocais urrados
de Robson casam perfeitamente com a música da banda.
The
Colossus of Rhodes e sua dinâmica, a melódica e emotiva The Ancient Ages of Makind, a
diferenciada Mega Alexandros e a
vibrante e hino de guerra Pentekontoros são
os grandes destaques e parte do disco conceitual que aborda temas antigos da
humanidade. O levíssimo abafamento na produção fez um ‘risquinho’ na lataria
dessa bela máquina do Metal extremo, mas isso é culpa do ‘detalhismo’.
8,5
Vitor Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário