O termo ‘rock paulera’
causa arrepios e náuseas em qualquer fã de música pesada que se preze. Mas, se
um dia for associar uma música a essa (horrorosa) expressão, a sonoridade feita
pelo Cervical se encaixaria muito bem. E não estou sendo pejorativo não, porque
a música aqui encontrada é simplesmente ‘paulera’.
O quinteto de Macaé/RJ
destila um Hardcore mesclado com Thrash Metal que serve exatamente para colocar
no aparelho de som depois de um dia estressante. Passando longe das tendências
Metalcore, o Thrashcore do grupo prima pela agressividade em composições que
alternam ritmos mais rápidos com alguns mais cadenciados.
Para ficar melhor
ainda, a banda canta em português e abrange os temas típicos do caos social,
protestos e políticos. Destaque para as boas linhas de guitarras que mesclam
bem influências mais diretas do HC com a técnica do Thrash Metal. Ouça faixas
como Dor e Sange, Destruição e Ódio.
Saindo da música, temos
uma das capas mais condizentes com o título do álbum, já que a arte de Gustavo
Saez (Abstrata Designs) ficou belíssima e correspondeu totalmente ao tema. A
produção sonora ficou por conta de Davi Baeta (Confronto). “Caminhos da Dor” é
intenso e brutal, então ouça com cuidado e sem objetos por perto.
8,0
Vitor Franceschini
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