“(r) Evolution”, nono álbum
dos suecos do Hammerfall, foi aguardado como um retorno às raízes da banda, até
porque foi isso que a banda divulgou em notas antes do lançamento do mesmo.
Quando o single “Bushido” foi lançado, notava-se este retorno, mas não em sua
totalidade.
“(r) Evolution” mostra
um Hammerfall re-modificado (que me perdoem o trocadilho com o título do
álbum), trazendo de volta suas temáticas iniciais (leia-se temas medievais,
fantasiosos...) e sem o experimentalismo dos últimos álbuns. Até a mascote
Hector retornou à capa através dos traços de seu criador Andreas Marschall.
O novo trabalho só não
é tão forte quanto os três primeiros discos da banda devido ao fato de ser
nítida a preocupação em se recriar, se reinventar. Isso fez com que o
Hammerfall soasse como uma banda novata no estilo, coisa que, obviamente, não o
é. Mas há muita qualidade no trabalho.
Isso fica comprovado
diretamente na primeira faixa Hector's
Hymn que abre o disco de forma enérgica, trazendo todas as características
que consagraram a banda: velocidade, melodia e refrão pegajoso. Já em Bushido a banda tira o pé, mas mantém um
refrão longo e extremamente marcante.
A força não se mantém
em todas as composições, mas ao mesmo tempo não há nada que comprometa a
qualidade da banda em toda a audição de “(r) Evolution”. Obviamente que a
exigência dos fãs pede mais, porém tudo que caracterizou o grupo sueco se faz
presente: riffs velozes ora diretos ora palhetados, bateria veloz e com pegada
explorando os bumbos duplos e os famosos refrãos em coro. O clima é que soa
meio forçado.
Vale destacar que
Joacim Cans ainda é um dos melhores vocalistas do estilo. Ouça canções como Origins e Tainted Metal que também se destacam. Enfim, “(r) Evolution” é um
bom álbum que não compromete a discografia do Hammerfall e comprova que a banda
tem muita lenha pra queimar ainda.
8,0
Vitor
Franceschini
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