A música pode ser feita
de uma forma bem particular, vindo de fora pra dentro também e gerar ótimos
resultados. O Iamí é encabeçado por Rômulo, que paralelo à sua banda de Stoner
Rock, resolveu tomar conta de tudo (inclusive parte gráfica) e expor suas
influências absorvidas de forma bem pessoal.
Unindo o Black Metal ao
Dungeon Synth (gênero que une desde elementos de ambient music até música
medieval), o Iamí traz uma sonoridade que pode ser assimilada facilmente, mas
digerida aos poucos. Os elementos Black Metal são tradicionais, mas as
passagens ‘viajantes’ contrastam de uma forma peculiar e bem intimista.
Pode-se imaginar que
algo como Burzum está por vir, mas o trabalho desenvolvido por Rômulo chega a
ser muito mais interessante que o feito por Varg Vikernes. Há influências do
Black Metal nórdico, mas nota-se algo nas raízes de Emperor e Ancient, o que,
de certa forma, eleva a qualidade da música do Iamí.
Com letras em português
as temáticas são variadas dentro de um nicho que aborda desde cultura indígena
pagã, xamanismo, filosofia (com bases em Nietzsche e taoísmo) de uma forma bem
pessoal. As linhas casaram com as composições e soam inteligíveis, de certa
forma.
A produção feita com
poucos recursos acabou gerando um resultado surpreendente, com qualidade acima
da média, principalmente em se tratando do estilo proposto. O difícil de
destacar apenas uma composição é o fato de que as seis inclusas no trabalho se
completam. Se aprecias um Black Metal ríspido com climas e passagens
atmosféricas, eis um grande disco!
8,0
Vitor
Franceschini
Resenahmos esse cd no blog do Acclamatur zine. Muito bom. Qualidade musical e visual.
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