Mal lançou seu primeiro
trabalho, o ótimo EP “Queen of All Lies”, e o Addicted To Pain já balançou as
estruturas do underground. Tanto que todos os músicos e a própria banda está
entre os candidatos a melhores do ano da renomada revista Roadie Crew.
Conversamos com o líder e mentor da banda João Paulo Pretti (vocal) que nos
falou sobre a formação do grupo, seus integrantes, do trabalho atual e planos
futuros.
Primeiramente
nos conte como surgiu a ideia de formar o Addicted To Pain. Você chegou a selecionar
os músicos ou se conheciam e resolveram montar a banda?
João
Paulo Pretti: Eu estava bastante desmotivado por
causa das bandas que eu havia passado no decorrer dos anos por causa dos
conflitos de ideias, de direcionamento, onde todos queriam opinar nisso ou
naquilo, mas na prática é difícil conciliar todas as opiniões e agradar sem
causar divergências e até brigas. Então no verão de 2013 eu resolvi criar o
Addicted To Pain, para eu fazer as coisas do meu jeito. Sobre os músicos, eu já
conhecia o Fábio Carito desde 2009, quando nós tentamos fazer algo juntos na
banda dele, a Instincted. Em 2012 eu entrei em contato com o Marcus Dotta por
causa do Odhekaton, banda que eu ajudei a criar, mas que também teve os mesmos
problemas que eu citei acima. E o Thiago Oliveira entrou para a banda por causa
do Fábio Carito, que tocou com ele na turnê do Warrel Dane, que também teve a
participação do Marcus Dotta.
E
como é trabalhar com Fabio Carito, Marcos Dotta e Thiago Oliveira? Afinal são
músicos envolvidos com grandes nomes do underground nacional.
João
Paulo: Todos eles são bastante profissionais, e muito
ocupados! (risos) Então não é sempre que rola algum tipo de conversa que não
seja sobre algo já engatilhado para fazer, principalmente com o Marcus Dotta,
que é o mais ocupado de todos eles.
E
como foi compor o EP “Queen Of All Lies”? Vocês chegaram a cogitar gravar um
CD, já que o trabalho vem com nível profissional tanto de som quanto na parte
gráfica?
João
Paulo: Obrigado! Que bom que você gostou! O processo de
composição foi rápido. Geralmente eu componho com a ajuda do teclado ou do
piano, mas às vezes eu também componho com a ajuda do violão. Eu gravo as ideias
embrionárias e depois, com mais tempo, eu trabalho em cima dessas ideias. Sobre
o CD completo, na verdade não. Eu quis fazer o EP para ver como seria a reação
do público em relação ao direcionamento musical que eu criei para só depois eu
compor o CD completo, que aliás, eu já estou fazendo isso! (risos)
Aliás,
Brendan Duffey e Adriano Daga produziram o EP no Norcal Studios. Por que
optaram por eles e como foi trabalhar com estes dois grandes profissionais?
João
Paulo: Porque eles são os melhores naquilo que eles fazem,
simples assim... E quem já teve a oportunidade de conhecer o Norcal Studios,
sabe que é o melhor estúdio do Brasil, pelo menos dentro do meio Heavy Metal.
Trabalhar com eles foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado. Quando eu
ouço a pré – produção, que inclusive foi eu mesmo que fiz, e quando eu ouço a
produção que eles fizeram, eu percebo detalhes que eu nunca teria imaginado sem
a ajuda deles. O que eu mais gosto desse EP são dos timbres de baixo e de
bateria, que ficaram bastante orgânicos.
A
sonoridade encontrada em “Queen Of All Lies” nos remete a diversas vertentes do
Metal, principalmente Hard Rock, Prog e Power Metal. Porém, o som soa
diferenciado, um tanto quanto único. Você poderia explicar isso?
João
Paulo: Eu escuto todas essas vertentes que você citou e eu
realmente tento mistura-las para compor, então isso já responde parte da sua
pergunta. Outro ponto é que eu componho orientado para a melodia de voz, para o
refrão forte e pegajoso. Eu acredito que esses dois pontos juntos resultam
nisso que você descreveu.
Cada
música transita por um gênero, mas todas mantêm a característica do Addicted To
Pain. A que você acha que deve este fato?
João
Paulo: Pensando bastante no que você está perguntando, eu
acredito que as ideias embrionárias, o modo como elas são compostas, são
basicamente da mesma maneira, no sentido de como eu já penso a sequência de
acordes, a melodia de voz mais pegajosa. Às vezes eu mudo isso, mas muitas
vezes o raciocínio já é pré-estabelecido, e isso é de modo natural.
Aliás,
já no primeiro EP vocês acabaram criando algo característico. Isso foi uma das
preocupações ou fluiu de forma natural?
João
Paulo: Eu sou muito perfeccionista e eu tinha estabelecido
para mim mesmo que de algum modo eu queria chamar a atenção das pessoas que
tivessem a oportunidade de escutar as minhas músicas. Então isso foi pensado,
mas de algum modo também foi natural, pois se ficasse muito pensado sairia algo
mecânico e consequentemente chato.
The Kings Never Die foi a faixa escolhida para o
videoclipe. Por que a escolheram?
João
Paulo: Porque ela representa exatamente o som que eu quero
para o Addicted To Pain. Nela você encontra elementos de Hard Rock, Heavy
Metal, Prog Metal e o refrão pegajoso. Eu queria que as pessoas que assistissem
ao videoclipe soubessem o que o Addicted To Pain realmente é, e The Kings Never Die representa ao pé da
letra essa mistura de vertentes dentro do Heavy Metal.
Aliás,
o vídeo teve como um dos diretores Jr. Carelli (tecladista do Noturnall), que
também gravou os teclados de The Kings Never Die. Como foi este trabalho com
Jr. e como chegaram até ele?
João
Paulo: Jr. Carelli é o melhor tecladista que nós temos na
atualidade e isso já é motivo para eu ter ido atrás dele! (risos) Nós
conversamos por Facebook, eu mandei algumas músicas para ele ouvir e ele gostou
e consequentemente fez os arranjos de mais duas músicas, além de The Kings Never Die, que serão lançadas
daqui uns meses. Como ele é um dos proprietários da Foggy Filmes, eu pesquisei
alguns trabalhos que ele já tinha feito e eu gostei bastante. Então foi meio
que natural nós continuarmos trabalhando juntos.
E
qual a repercussão do trabalho até então?
João
Paulo: O EP foi lançado dia 6 de dezembro e o videoclipe
há algumas semanas antes, então ainda é cedo para eu tirar conclusões mais
detalhadas do resultado, mas até agora eu só tenho recebido comentários
positivos, seja através das redes sociais ou através das resenhas que já
saíram, destacando justamente o som único que você mesmo citou, a qualidade das
melodias de voz, dos refrãos, que era algo que eu realmente queria alcançar com
esse EP.
Quais
os planos para 2015? Agenda de shows, enfim?
João
Paulo: Ainda tem mais músicas para serem lançadas, videoclipe
com a participação de outros músicos bastante conhecidos na cena e a produção
do CD completo. Sobre shows, eu ainda estou conversando com algumas agências de
booking para só depois nós cairmos na estrada e divulgar ainda mais as músicas
do EP “Queen Of All Lies”.
Muito
obrigado. Pode deixar uma mensagem.
João
Paulo: Eu agradeço o espaço cedido para o Addicted To Pain
e eu desejo muito sucesso com o seu trabalho através do Arte Metal! Que 2015
seja um ano de muitas realizações para todos nós! Saúde e paz!
Parabéns a todo o pessoal da "Addicted to Pain", excelente trabalho. Tive a oportunidade de ouvir o EP e curti demais. O som de vocês tem autenticidade, e acredito que esse é o diferencial da banda, saindo dos clichés que muitas bandas andam nos apresentando. Parabéns, mais uma vez, estou ancioso para o lançamento do álbum. Muito sucesso nesse 2015! Grande abraço!
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