Como sabemos que
criatividade e talento são coisas realmente sem fronteiras, temos aqui esse
excelente trio batizado por Monolith. A banda investe em um Rock ácido e
atmosférico completamente enraizado nos anos 70 e até que não é adepto ao
estilo logo percebe a influência “Sabbathica” até o último acorde, sem
esquecer-se do grande talento do vocalista que parece ser o próprio Ozzy
Osbourne tomando frente de todo trabalho.
Assim como o Kadavar,
que é outro grande destaque de bandas atuais em se criar um trabalho
completamente saudosista, o Monolith apesar das comparações, mostra ser uma
banda com bastante identidade própria. O som produzido pelo trio é de alta
competência e conseguem facilmente prender a atenção do ouvinte. Guitarra
bastante densa e riffs sombrios, a cozinha é bem carregada e técnica sem muita
firula, direto ao ponto e a linha vocal é completamente uniforme.
As sete músicas
encontradas aqui são todas realmente bem trabalhadas e diversificadas. Won’t Com Down abre o disco com uma
pegada Hard “setentista” com pitadas de uma grande banda da época, Sir Lord
Baltimore e algo a se destacar é a perfeição do solo executado assim como o
baixo que mostra uma linha de escalas com peso. Cosmic Fairy e Hole parecem
ser algo que ficara de fora do grande disco “Master Of Reality” (1971) do Black
Sabbath, grande destaque para o trabalho da guitarra em ambas que destilam riffs
e bases em uma linha Doom.
A faixa título Dystopia já entra na pegada Doom, bem
arrastada com um vocal fúnebre e obscuro, com quase oito minutos de música a
viagem é garantida. Acid Rain
continua se arrastando até chegar ao peso macabro de Sleepless Eyes, música bastante atrativa e viciante. Encerrando
toda essa “maldição”, Rainbow fecha a
tampa do caixão com um som completamente psicodélico e diferente, mostrando que
a saga pode continuar. Recomendado para os fãs mais fervorosos do Mr. Madman.
8,0
Leandro
Fernandes
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