A modernidade atingiu o
Metal de vez e quando se lê ‘modernidade’ é bom não se confundir com
‘tendência’. Afinal, quase todos os estilos atingiram altos patamares, tanto em
nível de técnica quanto em nível de produção e, como em todo caso, quando bem
feito resulta em música de qualidade.
O Warshipper investe em
um Metal extremo denso, carregado e brutal. Apesar da pendência para o Death
Metal, a sonoridade imposta pela banda abrange muito mais do que isso. Aliando
técnica e brutalidade com certa dose de melodia, a banda faz um som cheio de
personalidade.
A intensidade
transmitida por praticamente todas as seis composições (tirando uma intro e uma
instrumental) é impressionante. Variando na levada rítmica, a banda consegue
manter um clima apocalíptico durante o álbum todo, dando a sensação de que o
ouvinte saiu de uma guerra no final da audição.
O fato de a banda
priorizar o conjunto da obra e não atuações individuais de seus músicos é
evidente, já que não há malabarismos, apesar da técnica dos músicos. Outro
fator preponderante na qualidade do trabalho são os arranjos bem dosados de
teclado executados por Jr Jacques (vocalista do Hammathaz).
As participações
especiais afetaram e muito positivamente no resultado final, porque faixas como
The Theatrical Dissection (com
Rodolfo Nekathor), Paranormal Connection
(com Adriano Perfetto, ex-ByWar) e Absence
of Collors (com André Evaristo do Torture Squad) ficaram ótimas.
Ainda há backings de
Manoel Hellsen, Adauto Vulture e Adriano Perfetto. Talvez uma produção
levemente mais límpida atraísse ainda mais pontos ao disco, mas o trabalho
feito por Jr Jacques no Ponto Sonnoro Studio e a masterização de Brendan Duffey
no Norcal Studio são inquestionáveis. Ainda há uma arte de tirar o chapéu a
cargo de Marcelo Vasco. Excelente!
9,0
Vitor
Franceschini
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