Apesar de este debut
ter sido lançado há 2 anos, ele ainda é o material de divulgação deste quarteto
mineiro, oriundo de Patos de Minas. Bem pudera, afinal estamos diante de um
material de extrema qualidade e que merece uma atenção muito maior do que
qualquer que a banda já tenha conquistado até então.
O som aqui não traz
inovação alguma, mas prima pelo conhecimento de causa que a banda demonstra
dentro do Death Metal, estilo totalmente já explorado, mas que não se exige
muito quando se leu certinho a cartilha. Enfim, o Murder Worship sabe disso e
deixa de queixo caído, até porque o disco foi feito de forma totalmente
independente.
Quando o leitor ler
Death Metal não se deixe levar apenas pela velocidade e brutalidade a esmo do
gênero, pois os mineiros primam por algo mais cadenciado, muito trabalhado e
uma pequena dose de melodia, principalmente nos solos muito bem encaixados. É
algo como se nomes como Dismember, Morbid Angel e Autopsy (principalmente nas
levadas) se unissem e, colocando aí as próprias características da banda,
saísse o Murder Worship.
Palmas para os riffs,
carregados e privilegiados pela ótima produção, que dão um peso necessário e
variam sem soar técnicos ou artificiais demais. Aliás, essa produção de
qualidade, mas não deixando soar moderno foi um dos grandes trunfos. Além disso,
os vocais de Diegö Mürray (também guitarrista) são excelentes, soando guturais
inteligíveis e interpretando as composições com sangue nos olhos.
Outra característica da
banda são as músicas longas, sendo que as mais curtas possuem cinco minutos no
mínimo. Isso faz parecer cansativo, mas a banda manda muito bem no dinamismo e
variação nos riffs que soa como um deleite ao ouvinte. Sem fazer média,
praticamente todas as faixas possuem suas qualidades. Menção honrosa para essa
capa aí ao lado. Que petardo!
9,0
Vitor
Franceschini
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