quarta-feira, 27 de maio de 2015

Roadie Metal – “A Voz do Rock – Vol. 3” – 2015 – Independente (Nacional)

Gleison Junior, apresentador do programa radiofônico de Rock/Metal, Roadie Metal, continua na batalha e sua incansável luta pela divulgação da música underground se mantém através de mais uma coletânea do programa que chega ao seu terceiro volume.

Todas as características típicas de uma coletânea estão aqui, ou seja, altos e baixos tanto em qualidade de composições, talento, quanto na produção. Porém, vale ressaltar e chamar atenção que ouve uma queda na questão da produção das composições, sendo que várias delas mostram certa imaturidade e soam de medianas para baixo.

Mas, como o intuito da coletânea é divulgar, vamos aos destaques. Bom, temos que lembrar que há bandas aqui que merecem menção honrosa, pois já provaram com seus trabalhos próprios que estão prontas para voarem bem alto, caso de: Tellus Terror, Land of Tears e as já veteranas Fates Prophecy e Necromancer. Essas bandas citadas vêm pra enriquecer o CD.

O primeiro destaque fica por conta da banda Dark Witch e seu Power Metal empolgante e pegajoso (no bom sentido). Apenas alguns ajustes e a banda decolará neste cenário que tanto precisa de inovação. Depois, o Technical Death Metal do IncognoscI é de cair o queixo, mostrando que a banda é uma das melhores da coletânea.

Trazendo de volta a aura do Metal nacional oitentista temos o Exorddium (que canta em português), sendo que o Individual mostra um Metal extremo ‘inrotulável’ (mesmo com tendência para o Death Metal), unindo agressividade e melodia, além de uma levada bem interessante.

Destilando um Symphonic Black Metal (Unblack pela temática) temos a grata surpresa Neohadth, enquanto o Apple Sin traz um dos melhores Metal tradicional do país. Pra quem achava que nada de Heavy/Hard iriam salvar na coletânea, os mineiros do Sunrose representam muito bem o estilo.

Mais uma vez Gleison está de parabéns, pois sabemos o quão é difícil fazer o Metal acontecer no Brasil e a coletânea Roadie Metal concede um espaço importantíssimo a isso. Sem contar que não distingue temática, gênero, crença, nem nada, dando espaço para a boa música underground.


7,5

Vitor Franceschini


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