O Sordid Flesh foge um
pouco da sonoridade extrema que a Suécia, sua terra natal, moldou há duas
décadas dentro do Metal. O grupo formado em 2011 investe em algo mais
abrangente, mais universal e que carrega influências de ícones ainda mais
enraizados.
“Torturer” é o primeiro
e único disco da banda (até então) e trilha os caminhos do Death Metal que
flerta com o Black Metal e o Thrash, mas nada traz rispidez ou melodia em altas
doses. Apesar da alternância de ritmo e de arranjos mais elaborados, a
sonoridade da banda segue uma linha mais ‘from hell’.
As influências se
misturam desde SepticFlesh até Celtic Frost (com direito a ‘uhhhg’), mas a
banda sabe impor suas características adotando arranjos de teclados bem finos e
escondidos. Os vocais de Fredrik Håf são maléficos e inteligíveis, o que dá um
diferencial a mais à sonoridade da banda.
A produção um pouco
suja deu um pouco mais de rusticidade ao trabalho, porém pelas linhas
desenvolvidas nos instrumentos poderia ser mais polida. Destaque para as faixas Mark of the Fallen, Rites at the Cemetery e Through Vile Infanticides. Enfim, “Torturer” é um bom disco.
7,5
Vitor Franceschini
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