Falar o que de um
trabalho como este? Brutalidade e técnica destiladas simultaneamente e com
‘feeling’, isto é, algo raro e bem improvável dentro de muitas dessas
propostas. Mas, é isso que o Corpse Garden, oriundo da belíssima Costa Rica,
traz neste seu segundo disco.
A começar, a produção é
primorosa. Mesmo soando bem moderna, ela consegue manter um ar ‘natural’ e
ainda captou todos os instrumentos que podem ser ouvidos nitidamente. Enfim,
uma matada certeira, já que tal fator é essencial para uma banda que destila
tal técnica.
Mas, o trunfo principal
do quinteto é conseguir fazer tudo isso sem soar ‘embramão’ ou desinteressante.
A banda aqui está longe de ser apreciada somente em vídeos de Youtube onde
muitos mostram sua técnica, velocidade e precisão. Dá pra sentir que o Corpse
Garden possui garra, e o melhor, sua música tem alma.
Com um tempo médio de
cinco minutos, as músicas são pra frente e objetivas, mesmo com a alternância
de ritmos. Uma pequena dose de melodia e um clima maléfico fazem as mesmas
soarem ainda mais interessantes. O equilíbrio nos instrumentos também impera,
fazendo que a banda seja realmente um conjunto.
Destaque sem dúvidas
para as faixas The Quantum Rapture, Portal
to the Oneiric, Evoking a Dead Sun, The First Incarnation e Emerald Vision. Mas, é importante
ressaltar que a cada audição surgem ainda mais composições de destaque. Em meio
a tanto desfile de técnica e velocidade atualmente, algo que consegue fazer
isso sem se exibir, baita disco!
9,0
Vitor
Franceschini
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