Há tendências que vêm
pra ficar, pode acreditar. Desde que Chuck Schuldiner moldou de vez o som
técnico da banda Death, o Death Metal passou a consumir até de forma natural
características musicais progressivas, até que vieram outras bandas – como o
Opeth, por exemplo – e definiram de vez a junção gerando o Progressive Death
Metal.
Hoje o estilo tem
vários adeptos (não em demasia a ponto de ser moda) e atinge até certa
evidência, pois une características de dois estilos que possuem fãs fieis. É
certo que isso não irá acabar, afinal não é nada gratuito ou de fácil
assimilação, e muito menos entrar no esquecimento. O máximo de se acontecer é
se tornar um estilo Cult.
Adotando esta linha, o
duo carioca do Piah Mater mostra um talento imprescindível e um conhecimento de
causa certeiro. Luiz Felipe Netto (vocal/guitarra/baixo/bateria programada) e
Igor Meira (guitarra) adotam diversos elementos comuns do estilo, aliando isso
à técnica, o que resulta em um som muito bom de ouvir.
Com exceção do tempo
das músicas (em média 8 minutos), a dupla não exagera em nada. Ritmos
cativantes, pegada certeira e quebradas bem encaixadas se aliam a peso e
melodia na medida certa, e passagens acústicas brandas. Tudo tendo vocais
guturais/rasgados se alterando com limpos dando uma qualidade extra ao disco.
A produção do trabalho
(que teve a mixagem de Tony Lindgren no Fascination Street Studios, Suécia) é
outro grande trunfo, soando exatamente como o estilo pede: limpa, mas sem soar
plastificada. Injusto seria destacar apenas algumas composições, até porque as
mesmas se completam. Muito bom!
9,0
Vitor
Franceschini
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