O Bloody gravou dois
ótimos álbuns, “Slow Death” (2005) e “Engines of Sin” (2008), e depois deu uma
parada, não exatamente encerrando as atividades. Este ano anunciaram o retorno
definitivo e, melhor ainda, com um novo trabalho em mãos e a formação
praticamente intacta.
Ao ouvir o trabalho, a
impressão é que o grupo não parou no tempo e se manteve ligado, afinal “Bloody”
traz a banda em uma evolução natural e com suas características de sempre. Isto
é, agressividade e peso caminham lado a lado trazendo temas que abordam o caos
humano.
O principal quesito a
ser destacado aqui são as guitarras. Sem desmerecer os outros instrumentos que
fazem seu trabalho com coesão, os riffs aqui estão de encher os olhos (de
raiva) de tão bem elaborados e executados. A naturalidade de como as bases soam
ganha ainda mais pontos, pois está difícil de encontrar isso hoje em dia.
O guitarrista Fabio
Bloody também conseguiu uma produção bacana, natural e que foge dos moldes plastificados
dos dias atuais. A regularidade e equilíbrio entre as faixas também chama
atenção, mostrando que a banda voltou com gás suficiente para não deixar a
peteca cair.
Difícil destacar apenas
uma ou outra composição até mesmo pelo já citado equilíbrio entre as faixas,
mas Another Bloody Day, a cantada em
português e bem variada Cancro e Vegeance (que rifferama!) chamam atenção
logo de cara. Enfim, um retorno impactante. Bem vindos de volta à cena!
8,0
Vitor
Franceschini
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