Pode ser que hoje em
dia a cultura das ruas e/ou underground não seja tão ‘underground’ assim.
Surgiram grifes, indústria da moda e uma veia comercial que buscaram elementos
dessa cultura e transformaram em um grande marketing e afins.
Mas, muita coisa
resiste, assim como a atitude e a própria música. Os sorocabanos do Esdras
vivem essa cultura e procuram transparecer isso em sua música que mescla Metal
com Hardcore. As temáticas são bem representadas pela trilha sonora, que une
peso e melodia na medida certa.
Sim, o Esdras faz parte
da frota mais moderna do Metal e isso não deve soar pejorativo, afinal as
novidades não obrigam que as raízes sumam e ajudam a manter a música pesada
viva, como é feito há quase 60 anos. Nenhum gênero e estilo surgiram juntos, e
todos foram tendências e o que resta é sempre o que realmente é bom.
O Esdras se mostra uma
banda de qualidade, que pode evoluir muito ainda. As linhas densas de guitarras
e o senso correto de melodia são as principais características. Além disso, a
banda acerta em cheio ao manter sua música com vocais agressivos, já que muitos
do estilo adoçam seu som com vocais limpos quase ‘pops’.
A produção de qualidade
é outro grande trunfo, algo fundamental para a linha seguida pela banda, mérito
de Tiago Hospede. As letras cantadas em português traduzem a fúria sonora com
destaque para a faixa Espinho. Enfim,
a banda pode não trazer muitas novidades, mas faz certinho o que propõe.
7,5
Vitor
Franceschini
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