Devastador do início ao
fim. É isso que resume um pouco da sonoridade do terceiro álbum de estúdio
desses gaúchos do In Torment. São quase 20 anos dedicados ao Death Metal e a
banda não decepciona neste seu mais recente trabalho lançado em 2014 e que
mantém a banda entre as mais potentes do Sul.
Mas, quem pensa que
para soar brutal e agressivo, o quinteto se utiliza de elementos básicos e
simples, se engana. O que temos aqui é uma aula de Death Metal e técnica, sem
exacerbação, mostrando que qualidade e podridão podem caminhar juntas sem
comprometer.
Com uma produção
belíssima a cargo de Sebastian Carsin no Hurricane Studio, o disco transborda
riffs e andamentos variados, com destaque para os ótimos timbres de guitarras e
os vocais versáteis de Alex, que se mostra um dos melhores vocalistas do estilo
no Brasil.
Claro que a cozinha tem
que acompanhar em qualidade e faz isso com precisão e uma coesão absurda,
ajudando a aumentar o peso das composições. Solos melódicos, porém breves, dão
o toque sutil que em momento algum tira a brutalidade das músicas. Aliás, o
guitarrista Renato Osório (Hibria) empresta seu talento com um solo nervoso em Mechanisms of Domination.
Sem dúvidas todas as
faixas possuem seus adjetivos, mas The
Unnatural Conception, Into Abyssal Landscapes e The Threshold (Transcending the Matter) são as primeiras que chamam
atenção. No mais, o In Torment honra seu nome, nome este que merece ainda mais
reconhecimento.
8,5
Vitor Franceschini
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